Gabriela Pedroso

Criatividade é para poucos. Só que não.

Não muito tempo atrás, uma pessoa me disse que eu não era criativa. Assim que essa pessoa me disse isso eu lembrei das muitas histórias que não consegui escrever, das músicas que não soube compor e dos quadros que nunca pintei. Em seguida eu pensei “dane-se”, e pensei para mim mesma que a minha criatividade era minha e ninguém poderia tirá-la de mim com palavras. Afinal, eu tinha batalhado muito para conquistá-la. Sim, ao longo dos anos, estudando, criando meu estilo, encontrando a minha personalidade e a minha própria maneira de manifestá-la.
Muitas pessoas enxergam a criatividade como algo que ou uma pessoa tem ou não tem, e que se manifesta apenas em forma de arte, de invenções, de cores. Os “criativos” são os artistas, designers, publicitários, escritores, humoristas – e Steve Jobs. Esqueça os advogados, médicos, engenheiros, faxineiros, bombeiros… esses não. Se você é “criativo”, você precisa trabalhar em uma “profissão criativa”. E deve ser caótico, desorganizado, boêmio e um tanto excêntrico. Afinal, pessoas criativas são sempre excêntricas, certo? Certo?
Bobagem. Criatividade é para todos os que estão dispostos a buscá-la e utilizá-la a seu favor. Ser criativo não se trata apenas de criar, de inventar, de revolucionar, mas sim de olhar para os seus problemas sob um novo ângulo e encontrar maneiras novas de resolvê-los. E para isso você não precisa ser caótico, colorido e excêntrico. Inclusive em muitos casos o bom gosto recomenda que você não junte essas três características em uma mesma pessoa, porque o resultado pode ser bem desastroso. Criatividade pode ser aprendida, estimulada e ampliada. E o melhor, pode ser utilizada em qualquer área da sua vida e em qualquer profissão que você exerça. Ok, mas você pode estar pensando: Qual é a mágica?
Talvez você esteja totalmente disposto e empolgado para se tornar mais criativo, mas não faça ideia de como começar. E é exatamente por isso que eu estou aqui hoje, para te contar algumas dicas que vão te ajudar. Primeiro: procure mais referências. Não fique trancado no seu mundo, explore mais e conheça o diferente. Quando fornecemos novos estímulos para o nosso cérebro, ele cria mais conexões e associações, expandindo a nossa criatividade. Segundo: Libere-se do seu medo de errar. O nosso medo de errar nos impede de arriscar e, por isso, tendemos a rejeitar uma ideia antes mesmo de explorá-la e testá-la. Esse bloqueio nos faz sempre procurar por alternativas já consolidadas e aplicadas por alguém. Terceiro: Vergonha é não utilizar o seu potencial. Então pare de se preocupar tanto com a opinião dos outros e, do seu jeito, use o poder da criatividade a seu favor.

Gabriela Besen Pedroso – www.gabrielapedroso.com.br

Deixe seu comentário