Um projeto coordenado pelo Prof. Dr. Eduardo Guilherme Gentil de Farias e composto pelos acadêmicos Emerson Bonifácio e Débora Peirão, bem como, pelos Engenheiros de Pesca Wagner João Vieira e Marcelo Manoel Domingos, todos integrantes do Grupo de Tecnologia e Ciência Pesqueira da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), desenvolveu uma rede de emalhe experimental destinada à captura massiva das anchovas (Pomatomus saltatrix).
A iniciativa teve por objetivo incrementar as pescarias do referido recurso pesqueiro, através da alocação de fitilhos de polipropileno ao longo da panagem das redes de emalhe, simulando assim, a presença de cardumes na arte de pesca. Estes dispositivos aproveitam o comportamento voraz das anchovas, que tendem a atacar deliberadamente presas naturais e iscas artificiais. Deste modo, as anchovas investem massivamente sobre o emalhe munido por fitilhos, culminando por conseguinte, num incremento das suas capturas.
O petrecho batizado como “rede iscada” foi testado há poucas semanas por embarcações da frota artesanal da praia do Ouvidor, município de Garopaba. Segundo relatos dos pescadores, tão logo o petrecho fora colocado na água, as anchovas começaram a se emalhar, tendo sido atraídas pelo brilho e pelo movimento errático das iscas artificiais (neste caso, os fitilhos). A “rede iscada” ainda está em fase de testes, porém os resultados preliminares são animadores, sugerindo a viabilidade técnica da proposta.
Nota: As pescarias da anchova (Pomatomus saltatrix) nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, são controladas por períodos de defeso entre os meses de novembro à março (Portaria IBAMA nº. 127-N, 18/11/1994).
Por:
Prof. Dr. Eduardo Guilherme Gentil de Farias, Engenheiro de Pesca
Prof. Dr. Giovanni Lemos de Mello, Engenheiro de Aquicultura
Prof. Dr. Jorge Luiz Rodrigues Filho, Biólogo
Prof. Dr. Maurício Gustavo Coelho Emerenciano, Zootecnista
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