Há 17 anos na atividade, o radialista lagunense atualmente desenvolve seu trabalho na
Rádio Difusora
Dono de uma dicção e voz marcante, após realizar a leitura durante uma missa de domingo, ao ser abordado por uma senhora, que elogiou sua performance e lhe disse que deveria fazer um teste para rádio, Sidnei Silva ainda por algum tempo descartou a ideia: “De inicio descartei qualquer possibilidade, aquilo não era pra mim. Muito tímido e cheio de complexos, jamais imaginaria ser um locutor de rádio. Foi então, depois de tanto insistirem, que criei coragem e procurei uma emissora”, recorda.
O destino, de início, não conspirou a favor. Fora informado de que não poderia nem fazer um teste, pois a rádio na tinha tempo disponível na gravadora para realizar um teste: “Achei que era um recado divino, que não era para tentar mais nada. Mas a insistência das pessoas me fizeram chegar a então Radio Laguna, hoje Difusora. Lá, fui recebido pelo radialista Celso Fernandes, um dos primeiros profissionais que encontrei pessoalmente. Foi um dos maiores incentivadores”, Lembra.
O resultado daquela visita e de um primeiro teste? Seis meses de um verdadeiro intensivo, entre sonoplastia e as primeiras “arranhadas” como locutor. Tempos depois, com a venda da rádio e com a demissão de vários colegas, ele recebe a proposta: “Estamos em fase de mudanças, alguns profissionais foram dispensados, mas vimos que você é um garoto que tem futuro, queremos apostar no novo. Você tem condições de entrar no ar diariamente?”. Ali começava uma nova etapa em sua vida: “Parece que o tempo parou. Se eu dissesse que não tinha condições de entrar no ar diariamente, talvez não tivesse outra oportunidade. Encarei o desafio e disse um sim que me fez tremer dos pés à cabeça. E hoje estou aqui, conquistando meu espaço, a cada dia”.
Ao longo de 17 anos de atividade, Sidnei trabalhou em outras emissoras e retornou a Difusora em fevereiro. Paralelo as ondas da rádio, ele também se aventurou na televisão: “ Tive uma passagem pela Unisul TV, onde, por quase dois anos, apresentei o programa Ponto de Vista, inaugurando o estúdio da emissora em Laguna”.
Tamanha empatia com o que faz, o deixa à vontade para responder como se vê daqui muitos anos: “Trabalhando. Quero chegar aos 80 anos alegrando os lagunenses, interagindo com o público. Só para quando Deus quiser, não tenho em mente a aposentadora. Essa profissão é um pedaço de mim. Não saberia viver sem”.