A poesia que não tinha lugar para
parar. A poesia sem casa. A poesia sem
quarto. A poesia sem fala. A poesia
de árvore derrubada. A poesia sem
dia de comemoração. A poesia jogada
na rua. A poesia nua que não queria
retornar. A poesia sem dono. A poesia
de cachorro louco. A poesia da imagem
refl etida no lago. A poesia da fi lha
que queria o pai. A poesia do fi lho que
perdeu a mãe. A poesia que tomou
vida própria e agora saiu dizendo:
não tenho dono. Não tenho dono.
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