O projeto “Conhecimento e adaptação tecnológica para o desenvolvimento sustentável da pesca artesanal no Rio Araguaia (TO)” idealizado pela EMBRAPA Pesca e Aquicultura, agora conta com a participação dos pesquisadores do Grupo de Tecnologia e Ciência Pesqueira (TECPESCA) do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Esta iniciativa pioneira tem por objetivo conhecer, de forma participativa com os pescadores, as tecnologias empregadas nas capturas, nas embarcações e nas formas de conservação do pescado, visando sugerir novas abordagens tecnológicas em toda a cadeia produtiva do pescado.
Além da EMBRAPA Pesca e Aquicultura e da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), também compõem o projeto as seguintes instituições: Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária do Tocantins (SEAGRO), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Este projeto visa atender às diretrizes do Plano Nacional da Agroecologia e Produção Orgânica (PLANAPO) ligadas à promoção da soberania e da segurança alimentar, bem como ao uso sustentável dos recursos pesqueiros em comunidades tradicionais de pescadores. Deste modo, a adoção de novas tecnologias nos sistemas pesqueiros continentais por intermédio de um processo gradativo e consolidado de participação junto às comunidades pesqueiras no rio Araguaia, poderá reduzir os impactos sobre os ecossistemas aquáticos e minimizar desperdícios na cadeia produtiva.
As pesquisas em campo já ocorreram em 14 municípios das margens do Araguaia com visitas a 11 colônias de pescadores artesanais. “Este projeto é uma grande oportunidade para a UDESC Laguna expandir as suas fronteiras de atuação acadêmica, agindo de maneira direta no desenvolvimento da cadeia produtiva da pesca artesanal em outras regiões do país”, afirma o coordenador do Laboratório de Tecnologias Aplicas à Pesca da UDESC e pesquisador do projeto, Prof. Dr. Eduardo G. Gentil de Farias.
Num momento, os pesquisadores envolvidos estão elencando as prioridades tecnológicas de cada comunidade. Posteriormente, será eleita uma comunidade-piloto para a implementação de novas tecnologias de captura, embarcações e formas de conservação do pescado. A previsão é que a pesquisa seja finalizada em 2018.
Por: Prof. Dr. Eduardo Guilherme Gentil de Farias, Engenheiro de Pesca
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