Perfil

Galdino Santana de Limas

Nascido em 18 de agosto de 1950 em Criciúma, Galdino Santana de Limas, mudou-se para Laguna junto com a família onde cresceu e desenvolveu sua pesquisa na área de tratamento de efluentes. Filho de Margarida (Santana) e de José Manoel de Limas, líder comunitário desde cedo, foi presidente do Centro Comunitário da Cohab no bairro Mato Alto, militante político atuante desde o final da década de 60 lutando principalmente pelas causas da região do Ribeirão Pequeno de onde vem toda sua família.
Ele é formado na escola da vida, tem o curso secundário incompleto, mas nem isso impediu sua determinação e criatividade científica. Em meados de 1962, ainda adolescente, residia com sua família na comunidade rural do distrito de Ribeirão Pequeno. Como a maioria das crianças e adolescentes de sua época, trabalhava na lavoura e no trato dos animais da pequena propriedade de sua família, onde ajudava seu pai, conhecido como Zé Lima, na plantação de mandioca e produção de farinha num engenho movido a tração animal, sendo que o líquido da mandioca que escorria do processo era lançado diretamente num córrego dentro da propriedade. Nesse córrego os animais bebiam água e a família usava como fonte para irrigar a horta familiar e plantações: “Havia na propriedade variedades de plantas nativas e exóticas como bambus, juncos e aguapés. Através de minha observação, acabei despertando a família para um grande problema – animais estavam morrendo como que envenenados ao consumirem a água do córrego. Mas no córrego próximo a grandes touceiras de bambu, juncos e aguapés a água do córrego parecia mais limpa o que acabou me intrigando”, explica Galdino.
De forma empírica e sem qualquer base científica, usando sua observação dos fatos, foi desenvolvido o primeiro tratamento de água com o auxílio de plantas pelo então adolescente. Durante alguns anos de muita observação e trabalho manual, mudando formas e condições do contato das plantas com a água poluída pela mandioca, foi-se aprimorando o tratamento e observando-se resultados cada vez melhores tanto da água quanto dos animais que a consumiam.
A técnica começou a ser utilizada por ele também no tratamento das águas de lavagem do chiqueiro de porcos que a família possuía, observando-se bons resultados quanto a transparência da água, odor e até sabor, pois era provando que o adolescente tirava suas conclusões. Dessa forma, sendo cobaia de seus próprios experimentos, Galdino começa a ter certeza que poderia fazer muito mais para melhorar a qualidade da água existente na propriedade de sua família e hoje de todo o Brasil.
Hoje detentor de várias patentes registradas junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), proprietário das empresas do Grupo SISTEG Consultoria em Tratamento Efluentes, com mais de 300 estações de tratamento de esgoto e efluentes espalhadas por todo o Brasil, principalmente no nordeste brasileiro onde têm a maioria dos seus clientes, gera emprego e renda para famílias de nossa terra: “Muito me orgulho da minha atuação na área da dessalinização e sei que ainda há muito a ser feito não apenas em Laguna ou no país, mas no mundo todo. Através do tratamento da água é possível matar a sede de todos os lugares e com um custo mais barato do que tudo que já se viu até hoje”, explica.
Casado com Carmen Lúcia de Mendonça Limas, com quem tem os filhos Agnaldo, Arnaldo e Aleksandra, que inclusive trabalham com ele na empresa da família, é avô coruja de Michelle, Karine, Tayane, Agnaldo Junior e Arnaldo Junior: “Quando não estou focado no serviço, minha vida é integralmente dedicada aos meus familiares. Aos fins de semana, gosto de reunir todos em minha casa, para passarmos o dia juntos, curtindo a vida e desfrutando do que ela tem de melhor, que é a companhia daqueles que amamos”.

Deixe seu comentário