O lagunense é um dos proprietários do Dek 901 Bar, na praia do Mar Grosso
Uma história de vida que reúne abdicação e muita determinação, sempre norteada pelos ensinamentos deixado pelo pai, o saudoso “seo” Braz. Assim podemos definir um pouco da trajetória de Rogério da Silva, lagunense, natural do Ribeirão, de uma família de 12 irmãos, que aos 18 anos deixou a casa dos pais, no interior da cidade e partiu rumo a São Paulo: “Trabalhei desde criança ajudando na roça e na pesca. Seguindo os passos de muitos dos meus conterrâneos, na juventude fui tentar a vida na cidade grande. Fiquei por dois anos na terra da garoa. Lá aprendi muito, cresci como pessoa e como profissional. Trabalhei em bares e restaurantes, mas a saudade da minha terra e da família falou mais alto e decidi regressar”.
Através do comentário de um amigo, sobre uma visita feita a cidade de Jaraguá do Sul, ele decidiu conferir de perto se a propaganda feita sobre a cidade era real: “Criei uma empatia imediata com Jaraguá. Logo consegui um ponto que estava à venda e comecei a tocar o bar”, recorda Rogério que com o passar do tempo viu os negócios tomarem uma grande dimensão: “Eu e meu sócio na época, compramos um segundo bar, mas em Joinville e fomos conciliando os dois espaços”.
Aquele mesmo sentimento de ligação com a terra de Anita que um dia o fez deixar São Paulo, invadiu novamente os pensamentos do focalizado, que já casado, de férias em Laguna, conversou informalmente com a esposa Adriana, sobre a possibilidade de voltarem. “Consegui convencê-la e depois de um ano comprei um bar que estava fechado. Reformei por cerca de três meses e em 27 de junho de 2007 abrimos as portas do Dek 901”, recorda.
Pai de Letícia e Beatriz, e com uma ligação que supera e transcende a falta dos laços de sangue com o afilhado Thiago, a quem também tem como filho e sócio no estabelecimento da praia do Mar Grosso, ele revela a importância da família em seu dia-a-dia: “Minhas filhas são as razões do meu viver. Minha vida é focada no futuro delas. A mais velha está começando a faculdade e a caçula ingressará no Ensino Médio. O Thiago foi o filho que o destino me reservou. Com o falecimento dos pais dele, assumi a responsabilidade e hoje tenho muito orgulho em acompanhar o crescimento do homem que vi menino. Sinto que ele é meu filho, assim como ele me tem como pai”.
Vislumbrando merecida aposentadoria, ele sonha com o momento em que o seu sítio, hoje sinônimo de descanso, ocupe grande parte dos seus dias: “Amo a tranquilidade daquele lugar. Ainda que não me veja afastado por completo do Dek, quero diminuir o ritmo de trabalho e ter mais tempo para minha família”, finaliza.