A safra da sardinha teve início no último dia 15, com a perspectiva de suplantar as minguadas 40 mil toneladas capturadas em 2016, número este, correspondente a aproximadamente metade da média histórica registrada para este recurso pesqueiro.
Segundo especialistas do setor, as baixas capturas da safra passada foram uma consequência das condições ambientais desfavoráveis para as pescarias de sardinha (água muito fria). Para piorar a situação, a última safra foi marcada por um descompasso entre os sindicatos patronais, laborais e indústrias, culminando numa greve do setor produtivo, impedindo assim, que a safra pudesse começar no dia previsto.
Felizmente este cenário é parte do passado! Já há uma tratativa entre os diferentes atores envolvidos na cadeia produtiva da sardinha, afastando a possibilidade de possíveis paralisações. Além disso, comparativamente ao ano de 2016, temos condições ambientais mais favoráveis para a captura deste importante recurso pesqueiro. Resumindo? Sim, temos um panorama otimista para a safra da sardinha deste ano, tanto que os reflexos já podem ser percebidos no setor. Para se ter noção, a empresa enlatadora Gomes da Costa, já contratou 200 novos colaboradores e continua com vagas abertas.
Na costa brasileira, a sardinha é a principal espécie pequeno-pelágica explorada pela pesca, contribuindo significativamente com o montante anual de recursos vivos marinhos capturados em águas nacionais. Sua captura é efetuada pela frota de traineiras de cerco que opera principalmente entre o Cabo de São Tomé e o Cabo de Santa Marta, aqui em Laguna. Notadamente, mais da metade da sardinha brasileira desembarca nos portos de Santa Catarina. A sardinha é o pescado marinho mais consumido no Brasil, representando aproximadamente um quinto do que é pescado em todo o território nacional. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentação, a indústria de conserva de sardinha movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão ao ano.
Prof. Dr. Eduardo Guilherme Gentil de Farias, Engenheiro de Pesca
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