Foi aos 17 anos, em uma empresa de cobrança terceirizada, que Rosiane Alcides da Silva teve sua primeira experiência profissional. Nos 14 anos em que atuou no ramo, a filha de dona Elzi e de “seo” Alcides foi aos poucos lapidando sua carreira. “Foi lá que formei minha carreira e me graduei em Administração de Empresas. Comecei sem experiência nenhuma, busquei qualificação, aperfeiçoamentos e muitos treinamentos na área de “call center” e me tornei gerente desta mesma empresa que na época contava com 230 funcionários”, recorda.
Com a chegada da maternidade, e uma reavaliação nas prioridades, decisões foram tomadas: “Me tornei mãe e como a empresa ficava na região de Tubarão, e a BR 101 ainda não era duplicada, levava muito tempo no trânsito e sentia cada vez mais a necessidade de passar mais tempo com meu filho. Foi então que comecei a me dedicar a empresa de dedetização que meu marido Rodrigo administrava sozinho. Com isso começamos a concentrar todo o esforço na nossa empresa”, explica.
A opção por investir no segmento aconteceu de forma inusitada: “O Rodrigo é profissional na área de Farmácia e nós estávamos estudando a região para abrir uma farmácia em Laguna. Nossas conclusões não foram favoráveis para o negócio, então, em uma conversa informal com alguns colegas, surgiu o comentário sobre as empresas de dedetização, e a necessidade de técnicos registrados em conselho regional, e do quanto a região era carente destes serviços. Foi onde decidimos investir”.
Quando questionada sobre os desafios encontrados, ela avalia: “A busca por qualificação é incessante. Acredito que quando fazemos o que gostamos, qualquer parte do trabalho se torna prazeroso, ainda que tenhamos que lidar constantemente com o público, sendo ele dos mais variados gostos, com diferentes formas de pensar, de agir, de falar, diferentes graus de instrução, o que torna o processo mais desafiador. Mas isso não tira o foco principal, que é ver as pessoas satisfeitas, tanto os clientes como os funcionários”.
Realizada com o que faz, a mãe de Junior confessa que nunca se imaginou na área, mas hoje se dedica com muito entusiasmo. “Sempre almejei ir mais longe em tudo o que fazia e que faço, por mais simples que seja. Fazer bem feito, com dedicação, empenho e força de vontade, e depois ouvir o feedback positivo das pessoas. Isso me deixa muito satisfeita. Hoje, como empregadora, vejo que falta este desejo em muitos dos jovens, de oferecer algo novo, de se aperfeiçoar. Vejo muito comodismo nas pessoas, o que é uma pena, pois temos muito potencial para desenvolver em nossa cidade”, pontua.
Dedicando todo seu tempo vago a família, é na companhia de seus maiores “tesouros” que ela se sente extremamente feliz: “Como mulher, mãe e esposa, eu opto sempre por estar perto do meu filho e do meu marido. Isso me faz feliz, e é assim que podemos superar qualquer obstáculo e vencer qualquer barreira, estando junto das pessoas que amamos”, finaliza.