Esse projeto aponta para uma nova ordem mundial, uma espécie de keynesianismo global, inovador, com uma possível maior igualdade e justiça social, respeitada a soberania das nações.
O grupo ao redor de Temer optou pelo velho sistema militarista e imperial cuja segurança reside em bases militares distribuídas por todo o mundo. Entre nós estão na Argentina, no Paraguai, no Chile, no Peru, na Colômbia e também no Brasil através da cessão da base de Alcântara no Maranhão.
A venda de terras a estrangeiros, especialmente, lá onde existe grande abundância de água – por aqui passa o futuro da humanidade junto com a biodiversidade – fere profundamente nossa soberania e ofende o povo brasileiro, cioso de seu território.
Uma vez mais estamos perdendo a oportunidade do lado positivo da crise e do caos atuais. Desperdiçamos esta chance única, por falta de um projeto de nação livre e soberana. Deve-se, usando uma expressão de Jessé Souza à “tolice da inteligência brasileira” que está aconselhando Temer.
O efeito se nota por todas as partes: os 14 milhões de desempregados, os 61 milhões de inadimplentes, a desindustrialização, os 33 navios em construção entregues à ferrugem e a neocolonização imposta que nos faz apenas exportadores de commodities.
Assistimos, anestesiados, a este crime contra o futuro do povo brasileiro. Temer, sob vários processos, cuida de si mesmo ao invés de cuidar do povo brasileiro. Uma onda de indignação, de tristeza e de desamparo está se abatendo sobre quase todos nós. Da recessão econômica estamos passando à depressão psicológica. Se não reagirmos e não nos munirmos de coragem e de esperança, a barbárie poderá estar apenas a um passo. Recusamos aceitar este inglório destino.