Das mais concorridas na última terça-feira (21), em nossa capital, a homenagem feita pelo Conselho Estadual de Educação, a professora Amélia Baumgarten Baião, de destacada atuação em nossa cidade.
Responsável pela indicação, o professor Mauricio Fernandes Pereira (no detalhe), salientou o papel de relevo para a educação de Laguna e disse que sua competência e reconhecimento, era uma unanimidade.
A fala de dona Amélia
Visivelmente emocionada, dona Amélia disse que “Vivi, sem falsa modéstia, quase 40 anos da minha vida, voltada a educação, na minha cidade. Isso me dá um certo direito de opinar e levantar dados. Passei por muitas reformas de ensino e aprendi muito com elas. Aliás, recentemente acabei de ler um livro que me deixou fascinada. A reforma de ensino que Santa Catarina viveu em 1912 e a vida do professor João dos Santos Areão. Essa reforma de ensino foi implantada primeiramente em Laguna, Florianópolis e Lages, no governo de Vidal Ramos com o professor Orestes Guimarães como idealizador.
Métodos modernos e didática refinada. Hoje eu ainda questiono! Tantas mudanças e pouca coisa mudou ? Absolutamente, não. Cada uma delas, acrescentou um pouco de Educação.
Transformadora em nossas vidas. Gostaria de abrir um parêntesis para uma reforma que mudou muito a cabeça dos professores da época. Durante a ditadura militar, a Lei 5692, Diretrizes e Bases da Educação. Na época, cheguei a achar que tínhamos encontrado a fórmula certa. Hoje eu me pergunto, existe uma fórmula exata? Naturalmente não. E tudo está ligado sempre a cultura de uma época.
O importante é que Santa Catarina sempre esteve à frente do seu tempo, quando o tema é a Educação. E até hoje, vejamos, o nosso secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, é atualmente, o presidente do Conselho Nacional de Educação. A reforma do Ensino Médio, que por um lado tem causado muita polêmica, e a Base Curricular Comum, são fatos preponderantes e irreversíveis.
Ao me despedir dessa plêiade de mestres, peço licença, para fazer a seguinte colocação: o ser humano tem condições de armazenar conhecimentos, muitas vezes inúteis e sem conexão com a vida. E essa conexão, precisa existir, obrigatoriamente. Estamos tentando! Claro que sim…. Mas ainda vivemos esse dilema. O importante é continuaremos tentando sempre, até um dia em que viveremos o triunfo da educação! E o Brasil será rico verdadeiramente”, concluiu.
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