Como o JL antecipou na edição passada, aconteceu na quarta-feira,16, na Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Santa Catarina-IPHAN/SC, durante sessão pública, a abertura do edital de licitação, para contratação de empresa para a execução de obra de restauração do “nosso” Clube Blondin, até para garantir a integridade física do imóvel como bem tombado, tendo em vista o seu mau estado de conservação, afim de restabelecer o seu uso, de forma qualificada, à população lagunense.
O Clube Blondin foi fundado em 1887, mas no ano de 1907 é que teve construída sua primeira sede, localizada na Praça Vidal Ramos, onde hoje funciona o Escritório Técnico do Iphan, em nossa cidade. Em 1943, foi construída a atual sede, que sofreu alguns acréscimos ao longo dos anos.
A proposta da restauração é de manter quase que totalmente os aspectos da edificação, conservando as características mais marcantes do corpo principal do edifício, com seu uso sendo consolidado como clube, seguindo com o mesmo uso social desde sua fundação.
O imóvel do clube integra o conjunto edificado do Centro Histórico de Laguna, tombado em âmbito nacional.
Abertos os envelopes, três empresas foram habilitadas: Planalto e Peifer, de Florianópolis e Magapavi, de Laguna. Agora será obedecido um prazo de cinco dias para recursos, ou não, quando acontecerá, provavelmente dia 24, a reabertura dos envelopes, vencendo a que apresentar a melhor proposta.
Superada esta etapa, a ordem de serviço deverá acontecer até março.
A origem do nome do clube
No dia 15 de novembro de 1887, um grupo de jovens entusiastas lagunenses fundaram o Clube Blondin, dentre os quais, Izidro Leveque De Laroque, Hugo Fischer, Ceciliano Pinto Ulysséa, Jacob Ulysséa, Salvato Guimarães Pinho, Dacio Magalhães, Antônio Augusto da Lapa, Álvaro Dias de Lima, Dario Mancelos, José Luciano de Mattos, Pedro Batista de Araújo, Júlio Inácio Machado, Virginio Cabrera, Alfredo Mancelos e José Camilo de Alcântara.
O principal objetivo do Clube era promover o desenvolvimento físico da mocidade daquela época, tendo em vista que os fundadores nutriam uma grande paixão pela ginástica esportiva. E, como não podia ser diferente, o nome do Clube foi uma homenagem a Charles Blondin, o maior equilibrista de todos os tempos, um francês que fez verdadeiras proezas em cima da corda bamba, ficando famoso pelas diversas travessias realizadas entre as margens das cataratas do Rio Niágara, divisa entre os Estados Unidos e o Canadá, com cerca de 330 metros de largura.