Hoje eu vou entrar em um assunto um pouco diferente do usual. Eu não sei se já comentei, mas eu sou uma curiosa compulsiva. Adoro aprender e o meu leque de interesse é bem… digamos… diversificado. E ultimamente um assunto em especial vem chamando demais a minha atenção, e eu sinto a necessidade de compartilhar um pouco do que venho estudando com vocês. Trata-se de um fenômeno que eu tenho observado, tanto com as pessoas, em suas vidas pessoais e profissionais, como nas empresas e no mercado, e eu vou chamar esse fenômeno de “Darwinismo digital”.
Ok. Vamos começar do começo. Você já deve ter ouvido falar sobre Charles Darwin na sua adolescência. Provavelmente precisou fazer algum trabalho sobre ele na escola. Darwin tornou-se tema da sua aula de biologia em razão da sua teoria sobre a seleção natural que, em linhas gerais, diz o seguinte: As características mais favoráveis à sobrevivência dos seres vivos são repassadas adiante e características menos favoráveis tendem a ser eliminadas. Basicamente trata-se de adaptação, ou seja, os seres vivos mais adaptados ao ambiente tendem a prosperar e os menos adaptados tendem a se extinguir. Por favor, lembrem-se de que eu não sou bióloga, ok?
Continuando… você já deve ter percebido que as últimas décadas foram recheadas de avanços tecnológicos que mal poderiam ser previstos quando o primeiro computador foi inventado. E a tendência é que essas mudanças tornam-se cada vez mais rápidas e mais relevantes. Você sabia que um iphone 5S (que não é nem o mais atual) é cerca de 1200 vezes mais rápido que o supercomputador que levou o homem à lua? Sim, mil e duzentas vezes! Vários estudos relatam que a próxima década será mais significativa para a humanidade em decorrência dos avanços tecnológicos do que os últimos 50 anos. E é aí que eu entro com o Darwinismo Digital. Você está desenvolvendo as características mais favoráveis para se adaptar ao que está por vir?
A minha teoria – e a de muitos que estudam o assunto – é de que, nos próximos dez a vinte anos, aqueles que não se integrarem muito rapidamente à nova realidade serão ferozmente extintos. E por extintos leia-se: tornados irrelevantes, sem voz, obsoletos. A revolução tecnológica irá mudar radicalmente a maneira como o mundo funciona, e as pessoas que demorarem demais para perceber isso serão impactadas negativamente de uma forma estarrecedora. É só você pensar agora no que aconteceu/está acontecendo com as locadoras de DVD… Algo assim é exatamente o que acontecerá com muitos profissionais e empresas que insistirem em manter seu modelo mental antigo ao invés de se adaptar e evoluir.
Espero ter sido enfática o suficiente para ter chamado a sua atenção para a seguinte pergunta: “E agora? O que eu faço?” Hoje eu vou te dar apenas um conselho simples, que pode ser determinante para você nos próximos anos: Abrace o novo sem medo. A seleção da era digital já começou e, mesmo que você não saiba, já está sendo avaliado. Agora pense: Como você pode inovar mais? Como você pude utilizar todo esse movimento ao seu favor? De que forma você pode integrar as suas habilidades com esses novos processos para criar algo novo? Observe mais, imagine mais, antecipe mais… esse é um movimento sem volta e se você não acompanhar o ritmo será atropelado. Então que tal acelerar o passo?
Gabriela Besen Pedroso – www.gabrielapedroso.com.br