Foi na localidade de Ribeirão Pequeno, em uma atividade durante uma aula da disciplina de História, que surpreso com a dicção do aluno, o professor interrompe a leitura e comenta: “Você poderia ser radialista, garoto! Que voz bonita!”. O incentivo marcou tanto André Luiz da Rosa, que o levou a procurar uma emissora de rádio. O resultado? Pode ser acompanhado nos mais de 14 anos de profissão do lagunense que executa as funções de locutor, operador de áudio, programador, técnico de externa e responsável pela atualização do site da Rádio Difusora, de Laguna. Se o leitor já cansou em apenas ler o dinamismo pelo qual navega as funções do focalizado, não imagina a intensidade com a qual se passa a sua rotina: “Entro no ar às 6h30 com o Boletim da Difusora, que apresenta as mais variadas notícias do dia, de forma clara e objetiva. Por volta das 9 horas, entro para a gravadora, onde faço a grade da rádio e gravo os comerciais. No período da tarde, entro ao vivo com o Difusora Serviço, Balcão de Negócios e Policial, seguido pelo programa A Tarde é Nossa, com programação musical. Encerrando essa jornada, sigo para Tubarão, rumo à faculdade, onde curso Jornalismo”. Foi por intermédio do primo, Sidney Silva, que também atua na área, que André foi inserido na comunicação: “Foi ele quem me abriu as portas. Sou muito grato ao apoio que recebi na época”. De lá pra cá, inúmeros foram os desafios enfrentados, as ligações e visitas recebidas pelos ouvintes, que criaram proximidade com o radialista: “ Amo o que faço e este contato com as pessoas é o que há de melhor na profissão. Costuma-se dizer no meio, que nossa atividade é uma cachaça. E neste caso, já me considero um viciado pela profissão”, brinca André. A empatia é tanta, que quando questionado como se vê daqui há 55 anos, ele responde sem pensar: “Trabalhando. Quero chegar aos 80 anos alegrando os lagunenses, interagindo com o público”. Pai de Yuri, ele ainda torce para que o filho siga seus passos: “Meu filho já chegou a fazer algumas gravações, mas sempre o deixei livre para escolher o que quisesse Hoje, aos 12 anos, ele é muito chegado ao universo do futebol, mas claro que, confirmando sua escolha profissional no Jornalismo, receberá todo meu apoio”. Planos para o futuro? São muitos: “Já concretizei muitos dos meus objetivos, como ingressar na faculdade e casar. Agora é dar continuidade, formando a minha família e trabalhando até o momento que Deus me der forças”. Quando questionado sobre o que falta para o desenvolvimento da cidade, André analisa de forma crítica: “Acredito que falta pessoas que arregacem as mangas. Não podemos esperar apenas pela ação do poder público. É preciso agirmos em parceria, órgãos públicos e população. Só assim chegaremos ao sonhado desenvolvimento”.
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