Natural de Criciúma, Arlete Marques Alves veio para Laguna aos 12 anos, acompanhada dos pais, “seo” Julio, já falecido e dona Ilda Marques. Começou a trabalhar no comércio da cidade aos 17 anos, para ajudar nas despesas de casa, conciliando a atividade com os estudos, que eram realizados no período da noite. O tempo passou, e ainda que o casamento, a chegada das filhas e uma breve em Imbituba tenham ocorrido, a profissional jamais se desligou do universo das vendas: “É viciante. Estou há 27 anos no ramo e nunca pensei em me desligar da área. Gosto muito do que faço”, revela. Mãe de Cyathya e Letícia, Arlete conta que já trabalhou na venda dos mais variados artigos: “Já estive em lojas de roupas, calçados, cama, mesa e banho. Gosto desse dinamismo”. Paralelo ao trabalho diurno, ela concilia a profissão com um hobby que lhe garante uma renda extra: “Desde os meus oito anos fui incentivada pela minha avó a aprender a costurar. Ela sempre dizia que um dia eu iria precisar. Eu acabei comprando uma máquina, inicialmente fazendo apenas para os mais chegados, e de uns dez anos para cá, comecei a ganhar alguns clientes”. Nas vendas, Arlete aponta os ingredientes necessários para quem quer se dar bem na atividade: “É preciso simpatia, segurança e conhecimento no que se está vendendo e muita desenvoltura para dar destaque ao produto, já que hoje a concorrência é cada vez maior”, avalia. No pouco tempo que tem de folga, ela gosta de se dedicar à jardinagem: “Tenho uma horta e algumas flores em casa, e mexer na terra é uma verdadeira terapia, que me acalma e ocupa meu tempo”. Apaixonada por Laguna, cidade a qual ela define como verdadeiro paraíso, pontua o que falta para a tão sonhada prosperidade do município: “Acho que a finalização das obras do Centro Histórico será um verdadeiro alívio para moradores e turistas. Em dias de chuva, o trânsito fica caótico. É difícil de lidar, ainda que se saiba que é algo passageiro”. Com a aposentadoria em vista, faltando apenas três anos, ela já sabe o que fará quando seus dias se tornarem mais longos: “Além de continuar com minhas costuras, quero muito que uma das minhas filhas engravide, para que eu possa me dedicar integralmente ao papel de avó. Só falta uma delas se sensibilizar com o meu desejo”, brinca.
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