A mesma cidade, em um novo conceito, captada pelas lentes e mentes de criativos acadêmicos da UDESC/Laguna. Inspirados no clipe Happy, do cantor Pharrel Williams, estudantes de Arquitetura e Urbanismo durante três semanas de filmagem, desnudaram pontos turísticos e casarios lagunenses, resultando em um vídeo entitulado como “Happy – We are Laguna”, que depois de ser postado no Youtube, já recebeu mais de 12.000 visualizações. A iniciativa surgiu durante as aulas do programa de extensão “Retrô”, ministrado pela Universidade, com o intuito de valorizar o patrimônio histórico: “O projeto tem como foco principal a educação patrimonial, não apenas para os acadêmicos, mas também para a população, que muitas vezes respira história e cultura e não dá conta de tamanha relíquia”, esclarece Débora Rosa, bolsista do projeto e estudante da 4ª fase de Arquitetura e que foi uma das mentoras: “Assisti ao clipe original e na hora veio a ideia de adaptar para a cidade. Em parceria com outro bolsista, Douglas Feber, fomos mobilizando os colegas e quando percebemos, já tínhamos um grupo de 35 estudantes que usufruíram da chance de ter uma aula ao vivo no centro histórico, e de quebra, curtir a cidade que acabamos adotando como nossa”. Munidos de uma câmera caseira, um tripé e a camiseta do projeto, que ganhou força ao se associar ao Programa Dança é Vida, que também é realizado pela instituição, o grupo vivenciou as mais diversas experiências: “Em um domingo, combinamos de às 14h nos encontrarmos na Igreja Matriz. Acontece que cerca de cinco minutos depois de estarmos todos reunidos, começou a chover. Fomos embora desanimados. Na mesma tarde, quando o sol surgiu novamente e um lindo arco-íris abriu, fomos ligando um para os outros e voltamos para gravação. Foi um dia memorável”, recorda Maria Luiza de Souza Pagani, de 19 anos, natural de Urupema. O professor coordenador do projeto, Douglas Heidtmann Jr está orgulhoso de tamanha “façanha” realizada por seus pupilos: “Tinha uma visão conservadora. Minha meta era atingir o público através de folheteria, mas me surpreendi com o poder das redes sociais. Fico feliz em ver que a cidade se viu envolvida no contexto e espero que daqui pra frente, todos juntos, possamos nos alinhar com a proposta que já é defendida pelo IPHAN desde sua implantação, aqui, em 1985 e que cada vez mais nossas casas no centro histórico sejam revitalizadas e que num futuro breve sirvam até mesmo de moradia para nossos acadêmicos, que hoje, locam apartamentos e casas em outros bairros”.