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Arquivista: Uma missão pela memória de nossa história

A profissão no Brasil é regulamentada pela lei 6.546/78 que confere segurança jurídica a estes abnegados anjos sem asas que abraçam a árdua missão na luta diária da “memória contra o esquecimento”. O labor do arquivista transpassa as lides dos cuidados dos documentos antigos, empoeirados, com o suporte da informação frágil, matérias primas do trabalho arquivístico cotidiano, tratando a gestão arquivística dos documentos desde a produção, passando pela circulação, uso, arquivamento, recuperação e classificação com vistas a uma rápida e eficaz disponibilização para consulta ao cidadão usuário, sem perda de tempo. Assim, tanto o mundo dos negócios públicos quanto dos negócios privados prescindem do arquivista para organizar a produção, a distribuição e o armazenamento das informações produzidas em suas gestões, pois a documentação além do caráter histórico, fiscal e comprobatório é um suporte valioso que facilita a tomada de decisão dos gestores, além de servir de material para uso no marketing empresarial, haja vista que “ninguém defende o que não conhece”. Muitas áreas do conhecimento têm percebido que a arquivologia vem se configurando com um diferencial competitivo no desenvolvimento de suas atividades, justamente pelo caráter informacional que a atividade arquivística agrega ao mundo dos negócios. Logo, as técnicas e os princípios da arquivologia têm garantido a muitas empresas a obtenção de cases de sucesso em seus projetos. A profissão se encontra em efetiva ascensão, conquistando cada vez mais espaço e reconhecimento com diversificado mercado de trabalho em arquivos históricos e administrativos, arquivos empresariais, arquivos pessoais, centros de documentação e memória, arquivos especializados, consultorias arquivísticas, serviços ou redes de informação, órgãos de gestão do patrimônio cultural, gerenciamento Eletrônico de Documentos, dentre outras atividades afins a área. Em que pese ainda existir resquícios de estigma com os trabalhos do arquivista como o preconceito de lidar com papéis velhos, é inegável a importância e o quanto esta nobre profissão tem contribuído com à gestão documental na era da informação que vivemos, conquistando mercado de trabalho e respeitabilidade, velando pela nossa memória, diminuindo as lacunas da historiografia e contribuindo com a transparência no mundo dos negócios públicos e privados. Reconhecendo o valoroso trabalho do arquivista, neste dia 20 de outubro, em especial, registramos nosso reconhecimento a profissão e parabenizamos esses abnegados profissionais que diariamente travam, no fronte da gestão arquivística a luta da memória contra o esquecimento.
(Por Mauricio Fernandes Pereira – Diretor da Imprensa Oficial e Editora de Santa Catarina / Arquivo Público do Estado de Santa Catarina).

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