Perfil

Bárbara Rita Cardoso

O indício de que o futuro daquela menina prodígio era o de ganhar o mundo, já podia ser observado por seu desempenho nas aulas no Colégio Stella Maris. Aos 31 anos, pós-doutoranda no The Florey Institute of Neuroscience – University of Melbourne, na Austrália, a lagunense Bárbara Rita Cardoso teve seu nome estampado nos principais veículos da imprensa nacional, inicialmente com a repercussão de sua pesquisa à respeito dos benefícios no consumo da castanha do pará, e mais recentemente, com o prêmio jovem cientista, recebido das mãos da presidente Dilma. Formada em Nutrição, pela Universidade Federal de Santa Catarina, atuando na área da pesquisa desde 2007, quando começou o Mestrado, Bárbara recorda o que a levou a escolha profissional: “Desde criança quis trabalhar na área da saúde, e até a adolescência queria ser médica. Entretanto, um pouco antes de fazer vestibular, optei pela Nutrição porque prefiro trabalhar com a prevenção de doenças, do que com o tratamento delas”, confidencia. Sobre ter seu estudo envolvendo a castanha como fonte de suplementação de selênio para idosos, que se revela importante aliado na prevenção de Alzheimer, escolhido na edição do Prêmio Jovem Cientista 2015, pontua: “Esse prêmio coroa toda minha dedicação à pesquisa, e principalmente todo o esforço depositado para o entendimento do papel da Nutrição na Doença de Alzheimer, para melhorar a qualidade de vida da população. Receber esse prêmio é muito gratificante e mostra que estou no caminho certo, embora eu saiba que ainda tenha um longo percurso a seguir”. Morando atualmente na Austrália, onde se dedica ao seu pós-doutorado e frequenta o laboratório para realizar experimentos, discutir novas ideias e participar de seminários e de reuniões científicas, ela já está familiarizada com o lugar: “Melbourne é uma cidade multicultural e inspiradora. Passear pelas praias e encontrar os amigos para um pic-nic no parque, são hobbies que cultivo durante o verão, enquanto que no inverno prefiro conhecer novos restaurantes e passear às margens do rio Yarra, que cruza a cidade. Tenho amigos de diferentes lugares do mundo e a troca de conhecimentos é diária. Eu já havia morado nos Estados Unidos por um curto período de tempo alguns anos atrás, o que me deixou mais preparada para viver fora do país nesse momento. Porém, percebo que, por estar mais madura agora, me sinto mais preparada para compreender melhor toda a experiência vivida”. Se o assunto é a terra natal, se declara: “​Laguna é minha cidade do coração. Já morei em vários lugares, mas é na minha cidade que tenho o conforto proporcionado pela presença da família e dos amigos de infância”. Para os próximos anos, a lagunense, que é casada com o paulista Danillo, idealiza: “​Quando olho para mim no futuro, me vejo trabalhando como pesquisadora e feliz com as escolhas que fiz, o que inclui a constituição de uma família. Tenho uma família que me dá grande suporte pra isso, e meu esposo é parte fundamental pra que eu alcance todos os meus objetivos”.​

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