A enchente de 2008 em Blumenau alterou o rumo da vida de Bruna de Souza Correa. Na época, com 11 anos, a focalizada mudou-se com a mãe, dona Catia, para casa da avó, em Pescaria Brava. O processo de adaptação foi difícil, os anos passaram, as oportunidades surgiram, e hoje, moradora do bairro Portinho, ela garante que não se vê mais em outro lugar que não seja a terra de Anita.
O ritmo pacato no interior, fez com que Bruna fosse apresentada a profissão ainda na adolescência: “Fazia a unha da minha avó. Um dia, uma amiga dela havia feito uma cirurgia e ela propôs que eu fosse fazer a unha da senhora, que não podia sair de casa. Chegando lá, havia uma terceira senhora, que ao me ver trabalhando já quis agendar um horário. Daquele dia em diante nunca mais parei”, recorda.
Paralelo ao serviço de manicure, Bruna está no último semestre de Biologia: “Conciliei por algum tempo o estudo, a sala de aula, como professora e as unhas no fim de semana. Com a gravidez me vi obrigada a abrir mão de algumas coisas”.
Casada com Lucas, mãe de Marina, a profissional chegou a atender em casa e em outros salões, até receber a proposta de um salão no Mar Grosso: “Estava acostumada a uma demanda proporcional a de bairro. Quando comecei em um lugar maior, me dei conta do quanto o mercado da beleza pode me proporcionar. Hoje, confesso que vou concluir a faculdade, mas sem a certeza de que vou seguir na profissão que me formar”.
Dona de uma rotina que começa cedo e não tem hora para acabar, ela adapta sua agenda de acordo com a necessidade da cliente: “Sou super flexível. Se alguém só pode vir bem cedo, por volta das 6h30, começo nesse horário e vou até às 22h”.
Quando não está na função do salão, Bruna procura dedicar seu tempo a outras demandas: “Estudo, fico com a família, assisto filmes e gosto de fazer artesanato. Adoro fazer laços e pinturas em caixas”.
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