Perfil

Bruna de Souza Correa

O mercado da beleza nunca esteve tão em alta. Com uma ampla variedade de técnicas, os profissionais têm buscado cada vez mais especializações que qualificam os atendimentos e permitem que os lagunenses tenham acesso a serviços que até então só eram disponíveis nos grandes centros.
O leitor conhece hoje a história da manicure Bruna de Souza Correa, que em meio a pandemia, com a falta de aulas disponíveis para lecionar, decidiu apostar tudo na atividade e se tornou referência na cidade em alongamento e blindagem de unhas.
Moradora da terra de Anita desde 2008, época em que a enchente em Blumenau a obrigou a se mudar com a mãe para Laguna e deixar a terra natal, Bruna lembra que o começo não foi tão fácil: “Fomos morar em Pescaria Brava. O ritmo pacato do interior me fez buscar coisas que me ocupassem além dos estudos. Comecei fazendo a unha da minha avó. Um dia, uma amiga dela havia feito uma cirurgia e ela propôs que eu fosse fazer a unha da senhora, que não podia sair de casa. Chegando lá, havia uma terceira senhora, que ao me ver trabalhando já quis agendar um horário. Daquele momento em diante nunca mais parei”, recorda.
Paralelo ao “bico” de manicure, Bruna terminou o Ensino Médio e a graduação em Biologia e começou a dar aulas: “Cheguei a lecionar em três escolas diferentes e aos fins de semana me dedicava as unhas. Na pandemia, como o número de aulas caiu consideravelmente me vi obrigada a dedicar energia dobrada ao que até então era um complemento da renda”.
Mãe de Marina, ela se deparou com oportunidades cada vez maiores: “Estava acostumada a uma demanda proporcional a de bairro. Quando comecei em um lugar maior, me dei conta do quanto o mercado da beleza pode me proporcionar. Hoje, confesso que diante do bom retorno financeiro e a satisfação com o que faço, não me vejo voltando para sala de aula”.
Dona de uma rotina que começa cedo e não tem hora para acabar, ela adapta sua agenda de acordo com a necessidade da cliente: “Sou super flexível. Se alguém só pode vir bem cedo, por volta das 6h30, começo nesse horário e vou até às 22h. Responsável pelo meu espaço, minha demanda vai além da produção, afinal na hora que encerro o atendimento, preciso cuidar da agenda do dia seguinte, dos pagamentos e de tudo que envolve a parte burocrática do negócio”.
Nas horas de folga, é na companhia do marido e da filha, que ela procura estar: “Meu dia a dia é corrido. Procuro oferecer para eles um tempo de qualidade, no qual podemos estar juntos de verdade, curtindo uma programação que nos proporcione momentos de alegria e conexão”.

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