Criada por lei estadual em 31 de dezembro de 1970 e constituída oficialmente em 1971 por decreto do então governador Colombo Machado Salles, a Companhia Catarinense de águas e Saneamento – CASAN completa 42 anos de existência neste dia 2 de julho de 2013. Os 626 servidores iniciais, incorporados do antigo Departamento Autônomo de Engenharia Sanitária (DAES), hoje se constituem numa equipe de 2.264 funcionários distribuídos pelas diversas regiões do Estado na área de abrangência de atuação da empresa. Dos 200 municípios atendidos, praticamente 98% de sua área urbana tem água tratada de qualidade e com regularidade, o que significa mais de 2 milhões e meio de pessoas atendidas. Vencido o desafio e a missão inicial de levar água tratada para cada vez mais catarinenses, embora os investimentos nesta área continuem, a Casan ajusta o foco, nesta nova etapa, para a expansão da rede de coleta e tratamento de esgotos. Nestes próximos três anos devem ser investidos neste setor cerca de R$ 1, 5 bilhão, recursos de agentes financeiros nacionais e internacionais, incluindo a devida contrapartida da empresa e com o apoio do governo federal e estadual. Com os investimentos, incluídos aí os históricos contratos a Agencia de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e Agencia Francesa de Desenvolvimento (AFD), além da inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, a meta é elevar o percentual da cobertura da coleta e tratamento de esgotos dos atuais 17% para 45% na área de atuação da empresa. Só para Florianópolis e região serão mais de R$ 400 milhões, sendo que cerca de R$ 100 milhões já estão sendo investidos nas atuais obras em andamento. Os recursos serão aplicados gradativamente, de acordo com os licenciamentos ambientais necessários para a licitação das obras.
Desemepenho econômico
O resultado econômico do último exercício (2012) apresentado no Relatório Anual vem demonstrar o potencial empresarial da Casan, que, gradativamente, de forma sustentável, ao longo dos últimos anos, vem se colocando entre as principais empresas do segmento no país. O lucro líquido auferido foi da ordem de R$ 21, 4 milhões, quase três vezes mais do que o anterior, de R$ 7, 9 milhões. Para o presidente da Casan, Dalirio Beber os resultados positivos mostram evolução no processo de viabilidade da empresa e vem a contribuir para o plano de investimentos para melhorias operacionais e a ampliação dos sistemas de esgotamento sanitário e de abastecimento de água nas diversas regiões do Estado onde a Casan atua. “Estamos vencendo etapas e tornando a empresa viável e atrativa também para novas parcerias e investimentos a médio e longo prazo”, observa Beber, acrescentando que a ampliação do saneamento é hoje também uma política prioritária de governo e de estado, definida pelo atual governador João Raimundo Colombo. Em mensagem aos funcionários da Casan, pela passagem da data, o presidente Dalirio Beber enfatizou que “ao lado da satisfação de podermos comemorar mais um ano de existência, devemos todos reunir também uma preocupação maior sobre o grande compromisso que cada um de nós, funcionários da empresa tem para com a causa do saneamento e, sobretudo, para fazer com que os serviços que a Casan presta tenham qualidade e sejam, de fato, eficazes para produzir satisfação, tanto dos usuários diretos como dos municípios, que são o poder concedente dos serviços de água e esgotamento sanitário.
Em Laguna desde 1976
Por reconhecer que o sistema que funcionava aqui já não atendia as necessidades de nossa gente, as autoridades da época decidiram por aderir ao sistema Casan a partir de 23 de fevereiro de 1976. Em 2 de abril do ano passado, foi assinado um novo contrato de programa, então por mais 30 anos. Com 14.531 ligações, praticamente é atendida 100% da população urbana, sem contar que hoje o município contabiliza 1.784 ligações de esgoto, atendendo 11.577 habitantes, representando uma cobertura de 28% da população urbana, lembrando o andamento das obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário, com investimentos na ordem de R$ 35 milhões, conquistados pela Casan através de financiamento da Caixa Econômica Federal, via BNDES. Quando concluídos os trabalhos, serão atendidos 42.479 habitantes em 6.722 ligações domiciliares, distribuídas pelo Centro histórico, Magalhães, Portinho, Campo de Fora, Morro da Glória, Alagamar e complemento do Mar Grosso, já atendido, em parte em outro sistema. A obra, que tem causado sérios problemas em todo o sistema viário do município, quando pronta, contará com 68 quilômetros de rede coletora com diâmetros entre 150 e 600 milímetros, nove estações elevatórias, com vazão entre quatro e 43 litros por segundo, além de 3.176 metros de emissários terrestres. Um segundo lote da obra prevê a construção da Estação de Tratamento de Esgotos com vazão de 90 litros por segundo. De acordo com informações da assessoria de Comunicação Social, da Casan, até esta semana 50% da rede coletora já havia sido assentada, com previsão de conclusão dos serviços em abril do próximo ano. A gerência da Casan local atualmente está sob o comando do engenheiro Renato Lopes Vieira.
