Variedades

Centenário da imprensa na região carbonífera: comemorações com palestra de Moacir Pereira, homenagem a Godofredo Marques e lançamento de livro

Prestigiadas por lideranças da região (prefeitos, outras autoridades, professores e estudantes), Associação Catarinense de Imprensa (na pessoa de seu presidente Ademir Arnon), imprensa escrita, falada e digital da região, (inclusive de Laguna, com João Batista Cruz, da Difusora e Márcio Carneiro, do Jornal de Laguna), Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (representado por seu presidente Augusto Zeferino), além de familiares (netos) de Godofredo Marques (fundador da Gazeta Orleanense), as comemorações pelo centenário da imprensa da região carbonífera, realizadas 2ª feira na Casa Villa Maria, de Rio Belo, em Orleans, superaram a expectativa do Instituto Histórico e Geográfico das Terras dos Condes e Encostas da Serra Geral.
Livro
Durante a cerimônia foi lançado o livro “Cem Anos de História da Imprensa na Região Carbonífera”, de autoria dos professores Celso de Oliveira Souza, presidente do Instituto e Edina Furlan Rampinelli, secretária, lembrando que se na primeira edição, lançada em 2014, foram abordados temas livres escritos pelos membros do Instituto da próspera e bonita cidade, nesta o foco foi para o primeiro jornal da cidade (Gazeta Orleanense, lançado em 7 de fevereiro de 1915, por Godofredo Marques, tendo como um de seus colaboradores, Tito Carvalho, que tanto sucesso fez na imprensa e na literatura de Santa Catarina e no Rio de Janeiro, aliás sendo um dos fundadores da Academia Catarinense de Letras), passando pela Rádio Cruz de Malta, de Lauro Muller, (fundada em 3 de março de 1946), até os portais de notícias na Internet, entre outros interessantes assuntos. Uma homenagem especial foi prestada ao pioneiro Godofredo Marques, com a introdução de uma pintura de autoria da artista Juliana Natal, de Criciúma.
Moacir Pereira
Convidado pelos promotores, o jornalista Moacir Pereira proferiu uma palestra sobre “A Imprensa Regional e a Revolução Digital”, apresentando a força da imprensa, seja jornal, TV, Rádio e ou as redes sociais e as oportunidades, destacando que, na economia, 40% das empresas, hoje acomodadas e sem inovação, vão falir nos próximos 10 anos. Em 2020, disse, 50 bilhões de aparelhos estarão conectados na Internet. A economia vai dar uma reviravolta gigantesca. Em 2030, serão 500 bilhões os humanos conectados”, lembrou. Ele ainda frisou que “60% dos estudantes vão trabalhar em carreiras que hoje não existem”. Ao salientar sobre as tendência de mercado afirmou que 58% dos brasileiros confiam mais nos jornais, 79% dos brasileiros e que lêem jornais preferem os impressos”. Ao concluir Moacir pontuou: “O papel dos meios de comunicação tradicionais será primordialmente de agregador, zelador e verificador, uma espécie de filtro de credibilidade que peneire todos os dados e evidencie o que vale e o que não vale a pena ler, compreender e crer.
Ainda sobre o livro
A publicação também é fruto das pesquisas do professor Celso de Oliveira Souza, presidente do Instituto, que o levaram a descobrir que o primeiro jornal impresso e circulando na Região Carbonífera foi a Gazeta Orleanense. “Pouca gente sabe, por exemplo, que o primeiro jornal que tivemos foi o Gazeta Orleanense, criado em 7 de fevereiro de 1915” e que falava muito sobre o assunto da época, o carvão. Ele pontuou que a intenção de documentar o centenário da imprensa é mostrar pequenas peculiaridades e desafios superados no início da história da comunicação na região. Uma das curiosidades relatadas no livro é a presença de um jornal escrito em italiano com circulação em Urussanga. Situações como essa, conforme o professor e pesquisador Rodeval José Alves, também integrante da equipe de aproximadamente dez escritores, faz com que o jornalismo se torne mais cultural, relatou Celso. O historiador Júlio César Cardoso, membro do Instituto e representante de Lauro Müller, além de escrever um capítulo sobre a imprensa falada destacando a Rádio Cruz de Malta, foi autor também de um artigo especial sobre o radialista Rubens Rabelo, renomado repórter e apresentador de radiojornalismo, já falecido. A publicação é resultado de um trabalho de aproximadamente cinco anos de pesquisa e dois anos de atividade intensa para colocá-lo em prática.

CENTENÁRIO DA IMPRENSA NA REGIÃO CARBONÍFERA Prefeito Marco Bertoncini, de Orleans Moacir Pereira

Deixe seu comentário