Muitas pessoas dizem que não se importam em ter um propósito ou objetivos relevantes. “Isso não é para mim, eu só quero continuar com a minha vidinha”. E mal percebem que chamam suas vidas de “vidinha”. Acordam todos os dias de manhã e seguem seus dias da mesma forma, no piloto automático. Realizam suas tarefas e esperam ansiosos pelo fim de semana, pelas férias, pelo ano que vem. No começo de cada mês esperam o salário cair, reclamam, pagam contas, e seguem em frente, vivendo cada dia sem pensar muito a respeito. Sonhos? Que sonhos? Quem sabe se aposentar ou trocar de carro. Também seria muito legal ganhar na loteria. “Ah, se eu ganhasse na loteria”. Veja, eu não estou dizendo aqui que você deve ficar 24 horas por dia empolgado, como se estivesse ligado na bateria, ou que precisa pular e saltitar como um smurf, alegre porque vive na sua casinha de cogumelos coloridos. Também não estou dizendo que todas as pessoas do mundo devem querer um prêmio nobel, conquistar a paz mundial ou inventar uma máquina do tempo. Não é nada disso. O que eu estou, de fato, dizendo, é que a vida é muito curta para ser vivida de qualquer jeito, sem ser devidamente saboreada. É como se, de repente, uma pessoa colocasse na sua frente um prato com a comida mais deliciosa do mundo e você, simplesmente, escolhesse desperdiçá-la. Estamos no final de outubro. Que tal aproveitar esse clima de fim de ano para se perguntar o que você anda fazendo? Você aprecia a chance que tem de estar vivo ou toma o mais rápido possível, como se fosse um xarope ruim? Você não precisa viver como todos vivem, fazer o que todos fazem, muito menos se conformar com o que todos dizem que está bom. Olhe para si mesmo e pergunte: o que você quer de verdade? O que é uma vida realmente plena e completa para você? O que precisa acontecer para deixar de ser uma “vidinha” e tornar-se algo cheio de significado? O que você precisa fazer para que a sua vida se torne, de fato, o prato mais delicioso do mundo?
Gabriela Besen Pedroso – www.gabrielapedroso.com.br