*27/01/1821 / + 19/11/1886
Lagunense dos mais ilustres, José Inácio da Rocha nasceu aqui em 27 de janeiro de 1821, filho de Ana Rosa de Jesus e de Inácio Vieira da Rocha. No mesmo ano em que nasceu foi batizado na Pia Batismal da Igreja Matriz de Santo Antônio dos Anjos. Ainda bem jovem, então com 14 anos, pediu a bênção ao pai e foi para o Rio de Janeiro, onde com inteligência e tenacidade progrediu, realizando uma considerável fortuna. No começo, foi trabalhar na Fábrica de Chapéus Wanuzzi. Depois foi ser gerente de uma outra fábrica, a Carlos Felipe. Em seguida, em sociedade com Francisco José da Costa Braga, fundou a empresa Braga & Rocha, alcançando ali os seus maiores números e claro, amealhando uma grande fortuna. José Inácio da Rocha freqüentava as altas rodas da Côrte, no Rio, sempre em meio a barões do café, senadores, deputados, homens de empresas e das letras, como Silvio Romero, além de conhecidas figuras da colônia catarinense, como os também lagunenses Conselheiro Sousa França, Almirante Lamego, Jerônimo Coelho, Visconde de Ariró e outros catarinenses como Custodio Martins de Souza, Vergílio Vilela e Jorge Conceição. Rocha contribuiu para os estudos do nosso sempre lembrado Padre Manoel João Luiz da Silva e o não menos conhecido Victos Meirelles de Lima. Abastado, mesmo à distância, foi dos mais generosos com a gente de sua cidade. Três meses antes de morrer, em 16 de novembro de 1886, ao fazer o seu testamento, além de “deixar bem” os familiares, destinou três contos de réis para a igreja de Imarui, seiscentos mil réis para o Hospital de Caridade de Laguna, que aliás sempre contou com o seu amparo, uma casa na rua do Fogo, para que o poder público de Laguna ali instalasse uma escola para as crianças de sexo masculino e um prédio na rua do Rincão (hoje Fernando Machado) para instalar uma escola para crianças de sexo feminino. As casas foram vendidas e um novo prédio foi construído na hoje rua Almirante Lamego, (onde aliás funciona a instituição social Bem Querer) no Campo de Fora, abrigando a Escola que denominou-se Comendador Rocha, logo transferida para a Roseta, onde está até hoje.