Com a chegada do Verão, torna-se cada vez mais comum a presença massiva de pescadores esportivos em todo o Brasil. Na nossa Laguna a situação não é diferente! Afinal, basta uma caminhada rápida pelos Molhes da Barra para nos depararmos com um grande número de veranistas (e residentes) portando uma infinidade de tralhas de pesca, dentre estas: molinetes, carretilhas, varas, linhas variadas e iscas artificiais. Neste sentido, a coluna desta semana tentará auxiliar os leitores que desejam ingressar neste divertivo hobby a encontrar subsídios para responder a uma pergunta primária: Como escolher a vara de pesca ideal? Bem, não há uma única resposta para este questionamento. Assim, iremos fornecer três características básicas das varas de pesca que poderão lhe garantir uma boa compra. São elas: o material, o comprimento e a capacidade ou potência. Estão disponíveis no mercado diversos materiais para a fabricação de varas de pesca. Nos pesque pagues e na modalidade Fly Fishing, comumente encontramos varas de bambu. Estas varas normalmente são mais resistentes à pancadas (embora também sejam mais pesadas) do que as varas de fibra de carbono e de grafite. Este fato associado ao baixo custo destas varas, fazem com que as varas de bambu ainda mereçam relativo destaque no comércio das tralhas de pesca. A maioria das varas encontradas no comércio é de fibra de carbono e/ou de grafite. Estas varas apresentam elasticidades variadas que irão nortear o peso e a sensibilidade do petrecho. Mas… e se eu realmente quiser algo mais forte? Bem, de maneira genérica as varas de fibra de vidro ou de tungstênio e alumínio podem ser uma boa alternativa. Contudo, estas varas são mais pesadas e menos sensíveis. É, não se pode ter tudo! Devo comprar varas mais curtas ou mais compridas? Também não há uma única resposta para este questionamento. De forma geral, quanto mais comprida for a vara, mais longe poderemos arremessar a isca mas… com pouca precisão. Em contraponto, as varas mais curtas arremessam a menor distância, mas com precisão superior. Sempre é válido lembrar que nem sempre é possível utilizar varas compridas. A capacidade ou potência das varas é outro fator que deve ser observado. Boas varas usualmente possuem a indicação da sua capacidade próximo ao seu punho. Esta variável servirá para indicar a capacidade mínima e máxima da linha para a qual a sua vara foi projetada. Sempre escolha uma vara mais resistente que a resistência da linha a ser utilizada. Deste modo, a linha sempre irá arrebentar antes que a vara. Sugerimos que antes de adquirir uma vara de pesca, o leitor determine que peixes pretende pescar, qual técnica de captura irá adotar e qual será o “sítio de pescaria”. Se você quer pescar um tambaqui de 20 quilos não adiantará comprar uma vara que suporte míseros 5 quilos. Outro exemplo? Se você pesca com vara e molinete na Praia do Gi e é convidado para ir pescar no Pantanal, terá que deixar toda a tralha de pesca em casa. Afinal, se você der um lance próximo a um igarapé com uma vara comprida e flexível, chumbada do tipo garatéia e linha fina, até os jacarés darão gargalhada de você!
Por:
Prof. Dr. Eduardo Guilherme Gentil de Farias, Engenheiro de Pesca
Prof. Dr. Giovanni Lemos de Mello, Engenheiro de Aquicultura
Prof. Dr. Jorge Luiz Rodrigues Filho, Biólogo
Prof. Dr. Maurício Gustavo Coelho Emerenciano, Zootecnista
aquicultura.pesca@gmail.com
