Aquicultura e Pesca

Competitividade: passaporte da aquicultura brasileira para o mundo (1ª parte)

A aquicultura tem se caracterizado por ser uma atividade tecnificada, que exige procedimentos e inovações tecnológicas, equipamentos apropriados, assistência técnica constante e trabalhadores capacitados. São condicionantes mínimas para que o aquicultor produza de maneira eficiente e possa ser sustentável técnico e economicamente.
Na atual situação da aquicultura brasileira observa-se um quadro bastante distinto. Existem as grandes empresas com mão de obra especializada e com gestão eficiente no controle da produção, do processamento e da comercialização dos produtos. Mas, existe uma outra realidade com os pequenos e médios produtores, que representam 96% dos aquicultores nacionais.
Estes estão dispersos em todo o país, e geralmente a tecnologia não chega até eles, com algumas exceções regionais. Pois a maioria dos órgãos estaduais de extensão estão em condições precárias, estruturas sucateadas, com poucos recursos até para abastecer os veículos, e com uma equipe reduzida, sendo que geralmente existe uma carência em termos de recapacitação técnica. Tais fatores impedem que a difusão tecnológica chegue aos produtores. Em cada segmento da cadeia produtiva, seja no setor primário, como de transformação e comercialização, há uma carência de inovações tecnológicas e modernização, principalmente nos pequenos e médios produtores e pequenas e médias indústrias de pescado.
Portanto o setor, em sua maioria, não consegue ser competitivo, seja em relação às outras indústrias como de aves, bovinos, suínos, pescado importado (ex. panga), e tampouco tem condições competitivas para exportar. O resultado é uma balança deficitária superior a 1,3 bilhões de dólares por ano.
A questão é como mudar este Status Quo? como modernizar esta cadeia produtiva? Fato que é uma barreira para um maior crescimento do setor. Tais fatos demonstram a necessidade de mudanças. Assim neste artigo se faz um exercício de possibilidades, apresentando alguns caminhos.
O setor, em sua maioria, ainda não conseguiu alcançar o nível de competitividade em relação às outras indústrias como de aves, bovinos, suínos, ou mesmo ao pescado importado (ex. panga).

Por Rui Donizete Teixeira – Médico Veterinário e Especialista em aquicultura desde 1983 com Especialização em Inspeção e Tecnologia de alimentos. teixeirabr@gmail.com
Fonte:http://www.aquaculturebrasil.com/2018/09/16/competitividade-passaporte-da-aquicultura-brasileira-para-o-mundo/

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