Se você está em uma empresa que considera competitiva ou acredita que possui características que fazem de você uma pessoa competitiva, convido para que,por alguns minutos, pare e reflita a respeito deste tema.
É importante deixar claro que precisamos entender que competitividade não dever ser confundida com competição – o primeiro aspecto é positivo para o profissional e a competição, nem sempre. Competitividade é quando competimos conosco; competição é quando competimos com os outros. Por isso, saber dosar essa capacidade fará toda a diferença em seus comportamentos e resultados.
Então, até que ponto podemos dizer que a competitividade é positiva? Podemos considerar que uma pitada de competitividade pode ser saudável no ambiente de trabalho porque faz com que nos sintamos desafiados e convidados a superar as adversidades de cada dia. Arrisco dizer que até certa dose é estimulante. Quando cada um de nós usa estratégias para se superar a partir da comparação entre seu desempenho atual e o desempenho desejado na sua vida ou carreira, a competividade pode ser vital.
Mas, a realidade competitiva do mundo corporativo e, na vida como um todo, nem sempre é assim tão simples; percebemos pessoas ultrapassarem as barreiras éticas para atingirem seus objetivos, o que acaba criando ambientes hostis, com pessoas e setores competindo entre si.
Adivinhe quem sai perdendo? O CNPJ que você está inserido – se estiver dentro de uma empresa – e consequentemente, você. Afinal, quem colabora cresce e ajuda os outros e empresas a prosperarem.
Quer saber alguns sinais de um ambiente com competitividade em excesso? Segue algumas características abaixo:
Defeitos e erros são valorizados. A empresa e seus profissionais se tornam divulgadores das limitações alheias;
Relacionamentos enfraquecidos. Cada um se percebe como concorrente e não como agentes que podem colaborar entre si;
Não compartilhamento de conhecimento. As pessoas ficam com receio de “entregar” o que sabem, pois há um sentimento de disputa entre as equipes;
Estas são apenas algumas características dentre várias outras que podem se alastrar em ambientes adoecidos pela competição exagerada.
E o que fazer para mudar este cenário? Primeiro, é importante a auto avaliação, promover momentos para se perceber, analisar a forma como se comporta em seu dia a dia. E as organizações, precisam promover ambientes de aprendizado cooperativo, como por exemplo, criar projetos envolvendo mais de uma área.Além de aproveitar várias lentes distintas, cria-se um clima de engajamento e desenvolvimento. Este é o caminho!
Por Letícia Zanini – Master Coach, Psicóloga e Educadora Comportamental