Natural de São José dos Pinhais, PR, Cristiane Belmiro Netto considera-se uma paranaense de alma lagunense. Também pudera, foi na terra de Anita, que a focalizada viveu e vive grande parte de sua vida. Casada com Nelson, mãe de Mariana, Marcos Vinícios e Manoela, chegou a morar na Espanha por sete anos, mas de volta a cidade, para sorte dos paladares mais aguçados, atualmente dedica-se ao ramo da gastronomia.
Filha dos saudosos dona Maria e “seo” Eraldo, ela explica como tudo começou: “Brinco que a culinária está presente na minha vida desde que estava no ventre. Minha saudosa mãe já trabalhava na área, fazendo marmitex para almoço. Tudo em nossa casa sempre teve a cozinha como cenário e estávamos sempre à mesa, fosse degustando um café ou algum prato especial elaborado pela matriarca”, recorda.
Antes de investir no segmento, Cristiane chegou a desempenhar outras atividades: “Já fui manicure e vendí roupa por muitos anos. Comecei com lingerie e quando vi já estava no vestuário feminino e masculino. Foi algo que gostei de fazer, mas com o qual não me identifico tanto quanto com a culinária”.
Avó coruja de Eloá, ela revela um de seus segredos na cozinha: “Procuro personalizar meus pratos ao máximo, de acordo com as preferências de cada cliente. O importante é fazer chegar à mesa um produto de qualidade e que satisfaça quem vá degustá-lo”.
Durante sua estada na Espanha, a paranaense vivenciou um verdadeiro intercâmbio culinário: “Convivia não apenas com brasileiros, o que me possibilitou ter um contato ainda maior com pratos das mais diversas partes do mundo. Me encantei pela gastronomia mediterrânea e inclusive fiz alguns cursos”.
Quando questionada sobre a demanda de trabalho, avalia: “Muitos têm a impressão de que produzindo em casa o tempo livre é maior. Ledo engano. Acordo cedo, faço minha caminhada habitual e na volta já estou na feira ou no mercado. Dali pra frente é colocar o forno para funcionar e conciliar o dia entre os quitutes e os afazeres domésticos”.
Se o assunto é Laguna, manifesta sua opinião: “Moramos numa terra abençoada, é um verdadeiro paraíso. Temos segurança, um fluxo mínimo de carros, tudo está sempre tão próximo, são facilidades que os grandes centros não oferecem, e que só valorizamos quando nos deparamos com o caos da cidade grande”.