Tem pão quente saindo do forno no Profissional desta edição. Explicamos: A focalizada de hoje, Débora Durante, é uma adepta da arte da culinária, mais especificamente da fermentação natural, e vem ganhando cada vez mais clientes apaixonados por seus pães e focaccias.
Natural de Tubarão, filha de dona Maria Aparecida e de “seo” Antônio Luiz, a técnica em enfermagem chegou a atuar por seis anos na área de formação: “Trabalhava no hospital, mas a chegada dos filhos transformou a rotina e acabei fazendo minhas escolhas”, explica a mãe de Téo, Liz, Luca e Benjamin.
O diagnóstico de intolerância a lactose dos pequenos, fez a mãe coruja buscar outros cardápios: “Vi que precisava aplicar novas alternativas de alimentação. Minha mãe cozinha muito bem, então fui direto na fonte. Tentando, errando, acertando e aprendendo no dia a dia. Sempre gostei muito de cozinhar e com o passar dos anos, fui trabalhando sem receita, sem medidas. É tudo no olho mesmo”.
O ramo da fermentação natural surgiu há pouco tempo. O sucesso e a repercussão entre os conhecidos transformou o hobby em profissão: “Aconteceu naturalmente. Não tinha pretensão alguma. A falta de pessoas que trabalhassem com isso em Laguna, despertou o interesse da família e dos amigos. Só posso dizer que faço tudo com amor. Concilío o trabalho com a rotina de mãe. É algo muito prazeroso, mas que requer um cuidado especial, pois qualquer erro na massa, na fermentação ou temperatura pode colocar o serviço a perder”.
Na busca constante por atualização, através de cursos na área, ela conta aos leitores um pouco de seu dia a dia: “Acordo por volta das 5 horas da manhã. Alimento o levain (fermento natural), que possui seu tempo de crescimento, coloco a farinha e a água para descansar e desenvolver a malha. O processo é todo muito artesanal. Corto as massas, faço a divisão, modelo, coloco para descansar até o outro dia. E assim seguimos”.
Quando questionada sobre o que mais lhe realiza, avalia: “O desafio da fermentação. Acompanhar o processo da massa desde o início, o fermento que eu produzi e chegar até o produto final. O retorno das pessoas, que já experimentaram pães em tantos lugares pelo mundo e que elogiam o meu trabalho é algo que me estimula a crescer cada vez mais”.
Casada com Rafael, nas horas de folga ela não abre mão de estar com a família: “Amo a oportunidade de morar tão próximo da praia, de poder ir caminhar e contemplar o mar sempre que quero, brincar com os meus filhos, são coisas que me dão muita energia”.
Sobre Laguna, manifesta sua opinião: “Acho que a cidade tem um potencial que não é aproveitado. Acabou parada no tempo por muitos anos, já teve tanta coisa que o poder público não conseguiu dar andamento, o que é uma pena”.
Para o futuro, Débora procura não fazer grandes planos: “Já fui muito de projetar a vida, mas hoje, principalmente com a pandemia, vejo o quanto o amanhã é incerto. Vivo com o propósito de curtir intensamente o hoje, planejar talvez até o final da minha semana, mas o futuro, deixo para vivê-lo quando chegar”.
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