Já era noite, quando a bordo do seu táxi, no ponto, Deivid Fortunato Cardoso ouviu o pedido de socorro de uma mãe aflita. Com a criança pequena no colo, que aparentemente não respirava, ela corria em busca de ajuda dos vizinhos. Um deles acionou o taxista que prontamente seguiu rumo ao hospital: “Foram alguns minutos de muito desespero. Quando estávamos virando a curva rumo ao hospital. Graças a Deus a criança voltou a si e ainda participei do seu aniversário de um aninho”, recorda.
Essa é uma das inúmeras histórias já vivenciadas pelo focalizado, filho de “seo” José e de dona Maria Arlete, que antes de ingressar na profissão, investiu em outras áreas: “Já vendi picolé, trabalhei em lanchonete, montei uma inclusive, fui promotor de vendas, motoboy, vendedor e cheguei até a gerente de loja. Foi nessa época que surgiu a oportunidade de comprar um ponto de táxi”.
O que antes era visto apenas como uma forma de incrementar a renda e uma possibilidade de atividade quando chegasse a terceira idade, acabou antecipada: “Encontrei uma profissão que me permite ter contato com muita gente.
Crio laços de confiança e verdadeiros amigos.
Adoro atender os passageiros da forma como gostaria de ser tratado”.
O público é eclético e muda de acordo com o horário: “Durante o dia atendo mais pessoas de idade, deslocamentos para supermercados ou entre bairros. A noite costumo fazer corridas apenas para clientes que já conheço. Levo e busco os filhos deles nas festas ou faço deslocamentos entre cidades”, explica Deivid que já foi até a Argentina em virtude do trabaalho.
Casado com Tatiana, pai de José Carlos e Liandra, ele acredita que por muito tempo ainda estará a bordo de seu táxi: “Amo o que faço e francamente não me vejo fazendo nada em casa. Tão bom quanto dirigir e receber por isso é a troca e as boas conversas que tenho com os meus passageiros”.
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