Lagunense, com especialização na renomada Escola de Teatro Bolshoi, no Brasil, é o proprietário do Studio Voga, que abre suas portas ao grande público amanhã (2).
Desde os oito anos, Dejair Flávio Borges Junior dava sinais de que o amor pela arte não seria coisa de momento. Começou criando pequenos espetáculos, encenados com todo amor para seus familiares, momento o qual deu o primeiro passo de sua carreira, inscrevendo-se na Cia de Dança SAM – Saúde, Arte e Movimento – na época, referência da dança no Sul de Santa Catarina. Aos 14 anos, ministrou aulas para alunos iniciantes na mesma companhia e ao longo dos anos, foi aperfeiçoando seus conhecimentos com os mais variados cursos de profissionais nacionais e internacionais, tornando-se um professor multidisciplinar, com destaque para especialização feita na renomada Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, onde pôde expandir seus conhecimentos em diversas danças nacionais e internacionais.
Em um projeto ousado, idealizado há cerca de cinco anos, mas operacionalizado há seis meses, com um grupo de dez profissionais, liderado por Dejair, apresenta agora à Laguna, o Studio Voga, espaço que promete revolucionar o conceito de dança em nossa cidade e região. Com profissionais conceituados, o espaço surge com uma proposta inovadora: “Nosso cuidado foi desde os pequenos detalhes até grandes pontos, como o ambiente climatizado, um chão apropriado e a apresentação de uma proposta pedagógica para os alunos”, explica.
Com o intuito de atingir um público de ambos os sexos, dos oito aos 80 anos, o lagunense já sente a receptividade das pessoas: “Foi muito melhor do que imaginava. Em nossa divulgação, já sinto o interesse do público, o engajamento das pessoas que me cercam e isso me faz ter a certeza de que estou no caminho certo”.
Entre os fiéis companheiros de luta, ele destaca o irmão Igor, que durante toda idealização e execução do projeto esteve ao seu lado, e a avó, Sineide Borges, a quem tem como uma segunda mãe: “Família é tudo. E essa máxima se aplica muito a minha vida, pelo grande time que consegui formar ao meu redor, meus pais, avós, amigos, os profissionais que trabalham comigo, todos são de extrema valia”.
Paralelo ao studio, Dejair segue também lecionando a disciplina de Artes, na Fundação Bradesco e efetivo em escola da comunidade de Laranjeiras: “Amo o que faço e não me vejo longe da sala de aula. Muito pelo contrário, quero inserir muito mais atividades no meu dia. Disposição tenho de sobra”, brinca.
Aos 28 anos, ele cita um momento da vida que é a prova concreta de onde sua determinação pode o levar: “Aos 14 anos consegui a oportunidade de ingressar em um curso, na cidade de Curitiba. Meus pais declinaram da ideia de me ajudar financeiramente. Eu sabia o quão importante seria pra mim. Decidi fazer uma rifa simbólica, ao custo de dois reais. O resultado foi além do esperado, consegui arcar com as despesas e conviver durante alguns meses com grandes nomes da dança. Daquele momento em diante, tive a certeza de que impossível era uma palavra que não existe no meu vocabulário”.
