Na minha trajetória profissional, por vezes cruzei com pessoas que tinham ideias incríveis, talentos, conhecimento, estavam em organizações reconhecidas e, ainda assim, desistiam de alguns desafios, projetos, relações e por aí segue. E confesso, algumas vezes, escolhi o mesmo caminho, esse é o meu convite hoje, à reflexão sobre desistências – serão algumas necessárias ou nossa covardia que nos faz pensar assim?
Quando me refiro à palavra desistir, o conceito aqui é renúncia de algo ou alguém, abrir mão de coisas, negócios ou pessoas, seja por medo ou quiçá livramento. Sabe aquela ideia que você teve e era realmente incrível, mas você desistiu de pôr em prática porque pensou que ninguém fosse gostar ou se beneficiar e pasmem, um tempo depois alguém lançou e se destacou no mercado ou na carreira? É sobre essa desistência que me refiro aqui, sobre esse medo quase insano que sentimos de fazer e mudar. A necessidade de aprovação social e o medo do julgamento nos impede de construirmos resultados significativos para nossa carreira e até mesmo para a sociedade. Imaginem se cientistas tivessem receio de testar suas hipóteses, muitos ganhos coletivos seriam perdidos por insegurança ou pelo nosso próprio ego que nos assola, isso mesmo ego. Toda vez que você deixa de fazer algo por você por medo de falhar ou de não fazer o melhor que pode, provável que seu cérebro lhe acenda um botão de pare, instintivamente, pois você pode não receber confetes, likes, seguidores e reconhecimento. Por isso insisto, não desista do seu potencial e todo o benefício social que ele pode proporcionar a você e na vida de outros.
Agora, desista se, de fato, lhe traz infelicidade, falta de reconhecimento e valorização, estamos vivendo um grande movimento batizado de “grande renúncia” que começou fortemente nos EUA com mais de 4,5 milhões de pessoas se demitindo de suas posições e consequentemente, sonhos. No Brasil, mais de 600 mil trabalhadores fizeram o mesmo só no mês de março deste ano. Qual o recado que as pessoas estão transmitindo? Que elas estão seletivas com o que toleram, e que desistem quando percebem que não é persistência, mas sim, teimosia.
O grande desejo para esta reflexão é que você desista de desistir por baixa estima, síndrome de impostor(a) e para isso não há outro caminho, vulnerabilidade para compreender que a exposição ao risco faz parte do nosso crescer, e autoconhecimento para trazer à tona seus talentos à seu favor e à disposição da sociedade. Agora, eu convido você a desistir sim, de tudo aquilo que te distancia da sua essência para simplesmente caber em modelos que não fazem sentido para você, nestes casos, não podemos considerar como uma desistência, mas sim, livramento.
Pense nisso!
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