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Dias de luta, dias de glória

Há um ano Gabriela Zanini comemorava a alta hospitalar após quase 100 dias de internação. Seu relato sobre a batalha contra a Covid e seus desmembramentos, estampou a capa da edição do JL de 18 de junho do ano passado. A luta não acabou na tarde chuvosa em que a filha de Sônia e do saudoso Jorge Zanini deixou a recepção da SOS Cárdio, em Florianópolis. Ao contrário, os dias e meses seguintes foram de muita superação e consultas médicas: “Os primeiros dias em casa vivenciei sentimentos contraditórios, pois eu estava de volta e muito feliz por isso, mas com muitas restrições e dificuldades. Não caminhava e sequer tinha força para segurar uma xícara de café. Necessitava de auxílio para comer, tomar banho, me vestir e ir ao banheiro”, recorda Gabriela.
Com suporte da família, entre esposo, filhos, mãe e tia, ela contava também com apoio especializado: “Tinha uma equipe de enfermagem 24 horas, pois ainda fiz uso de oxigênio por cerca de um mês após a alta hospitalar e fisioterapia duas vezes ao dia. As sessões inclusive perduraram até o mês passado. Fora todos os medicamentos que usei e alguns que ainda uso”.
Um dos grandes desafios na recuperação de Gabriela foi a respiração: “Eu melhorei muito nesses 12 meses, minha evolução é visível, contudo ainda sinto cansaço excessivo ao realizar atividades simples, como tomar banho”, explica.
A retomada ao trabalho aconteceu recentemente, no mês de abril: “Até então não saia de casa se não fosse para ir ao médico ou para fazer exames. Agora, aos poucos, estou retomando a vida social, mas sem exagero, somente em locais abertos”. Entre os novos hábitos em sua rotina, exercitar-se é fundamental: “Nunca gostei de atividade física, mas passei a fazer exercícios durante a fisioterapia. Essa semana fui liberada para praticar atividades físicas em geral e será algo que adotarei daqui para frente. Não posso deixar de fazer exercícios nunca mais”.
Sobre a fé, Gabriela destaca que ficou ainda mais fortalecida após toda essa batalha: “Sempre tive muita fé, muita mesmo. Nunca pratiquei religião, mas sempre acreditei que Deus é comigo e me protege de forma especial. Só aumentou minha crença e hoje sinto necessidade de praticá-la”.
Para o futuro, os sonhos e objetivos daqui para frente são muitos: “Tentar seguir a vida com muita alegria e gratidão por poder estar aqui, tentando melhorar minhas atitudes, aceitar o que não posso controlar e ser mais paciente à curto prazo, é viver cada dia, me exercitar e curtir minha família que é tão especial”.

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