Terminado o prazo para o registro de candidaturas, sabe-se que em Laguna foram protocolados cinco pedidos para prefeito, cinco para vice-prefeito e 105 para vereador, conforme dados disponíveis no Sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (DivulgaCand).
A lista oficial dos pedidos de registros está sendo publicada no Diário da Justiça Eleitoral de Santa Catarina. Lembrando que todos os pedidos de registros irão a julgamento pela JE, que tem até 12 de setembro para fazê-lo.
PREFEITO MAURO CANDEMIL – Nº 15 – PMDB
VICE JULIO CESAR WILLEMANN – PSD
COLIGAÇÃO JUNTOS POR LAGUNA
PREFEITO RENATO BORGES – Nº 20 – PSC
VICE FELIPE ESTEVAO – PSC
PSC
PREFEITO RONALDO ROSINHA – Nº 33 – PMN
VICE LISI – PMN
PMN
PREFEITO SAMIR DO KILOJAO – Nº 11 – PP
VICE NAZIL – PSDB
COLIGAÇÃO AÇÃO E PROGRESSO
PREFEITA TANARA – Nº 13 – PT
VICE DR. ROGER – PDT
COLIGAÇÃO LAGUNA EM BOAS MÃOS
Dicas para candidatos a vereador
1 – Saiba de antemão que a eleição de vereador é a mais difícil dentre todas que se disputam. Mesmo os candidatos mais ricos e poderosos não tem o espaço que os majoritários tem na televisão e isso gera uma cacofonia monstruosa no debate eleitoral.
2 – Pra complicar, dezenas de candidatos disputam com o mesmo perfil político-ideológico. Portanto, ideologia e propostas muito raramente se constituem em diferencial. Piora mais ainda: a primeira grande disputa de todo o candidato a vereador é dentro do próprio partido, em seguida na própria coligação: em suma: dentro de seu próprio campo de afinidades.
3 – Como começar? Tenho feito uma sugestão bem simples: sente com calma e faça uma lista de quem são os apoios ABSOLUTAMENTE SEGUROS que você já tem. Neste momento é preciso ser realista: às vezes o seu melhor amigo terá o pai, o tio, a mãe ou o chefe como candidato e não poderá lhe apoiar.
4 – Com esta lista dos apoios ABSOLUTAMENTE SEGUROS que já possui, uma boa iniciativa é reunir estas pessoas e ORGANIZAR A CAMPANHA através de um bom PLANEJAMENTO. Exemplo simples, mas prático e útil: a mãe pode ficar responsável pelas conversas na família, o melhor amigo (no caso de não ter outro candidato) pode ficar responsável por conversar com o círculo de amizades, um outro que sabe operar redes sociais pode ficar responsável por acompanhá-las, interagir com apoiadores e manter o candidato atualizado sobre o que nelas se fala.
5 – Política é, sempre foi e sempre será feita com gente e rua de verdade. Gastando sola de sapato. Rede social é meio, não fim. Não se iluda. Vale para as redes sociais o que sempre valeu para todos os meios de comunicação: é apenas uma forma de massificar sua mensagem, sua imagem e se tornar conhecido. No máximo gerará algum interesse marginal. A conquista segue sendo feita no tête-à-tête.
6 – Quanta grana você tem? Quanta precisa para fazer a campanha? Com quanto o partido (ou coligação) contribuirá? Como pode fazer para conseguir mais? Outra ilusão comum: achar que dá pra fazer política sem dinheiro. Não, não dá. Por mínimo que seja, o candidato vai ter de se deslocar, ainda que de ônibus. Você tem o dinheiro das passagens? Via de regra os partidos doam uma certa quantidade de santinhos, em campanhas muito ricas (e este ano tá difícil para todo mundo com as regras de financiamento), alguns outros materiais como cardoor’s e adesivos. Nada além disso. Se você é um candidato de opinião e ideias, precisará imprimir os próprios impressos, no mínimo. Então isso também precisa ser organizado com muito cuidado.
7 – Dica final: eleição é como conquistar uma namorada. O problema é que não é uma namorada só. São algumas centenas (ou milhares, a depender do tamanho do município). A aparência conta, o modo como as “namoradas” percebem sua atuação pregressa conta e o poder de apresentar argumentos fortes em seu favor também conta. Este ano a campanha propriamente dita terá apenas 45 dias. Para os que desejam a vereança, o ideal seria começar ontem, ainda que com pequenas reuniões semanais com aquele grupo original dos apoiadores ABSOLUTAMENTE SEGUROS e a partir deles construir uma agenda de contatos.
Trabalhando muito, gastando muita sola de sapato, tendo paciência, bons ouvidos (mais do que uma boa boca) e oferecendo para as pessoas uma representação decente, com pautas claras e focadas nas maiores necessidades de nossa população atualmente, dá pra chegar. E mesmo que não se chegue, uma boa eleição sempre projeta pleitos futuros. Não se eleger em uma disputa para vereador não é feio, ainda mais se for sua primeira. Feio é fazer uma ninharia de votos e uma campanha mal-ajambrada. Voto é patrimônio que fica.
Mão na massa e boa eleição para os heróis que se dispõe à luta.
Por Eduardo Bizzoto, diretor do site Sul Connection
Candidatos a vereador