A lagunense Eliete de Oliveira Souza foi apresentada ao universo do artesanato e dos trabalhos manuais há cerca de 20 anos. De forma despretensiosa, o que inicialmente era um hobby, foi ganhando espaço na vida da focalizada, que começou com o biscuit, e que aos poucos foi aderindo a novas técnicas: “Em 2004, a prefeitura ofereceu um curso de escamas e conchas. Comecei a profissionalizar meu trabalho e junto com o grupo, ao finalizarmos o curso, começamos a expor no Mercado Público”, recorda.
Com a abertura da Casa das Artes, em 2012, um novo espaço e momento começava: “Conseguimos concentrar em um só local muitos dos artesanatos de nossa terra. Hoje, concílio meus dias, entre os atendimentos aos turistas e visitantes e a confecção de minhas peças”.
Mãe de Rodolfo, Rafael e Renan, a profissional é polivalente: “Produzo esculturas em gesso, retratando pontos turísticos e pescadores, crio chaveiros em pedra, pinto toalhas e faço crochê”.
Quando questionada sobre o que a atividade tem de melhor, enfatiza: “Não há sentimento melhor que o de ver um turista pegar uma peça tua e elogiar o teu serviço. Esse reconhecimento faz tudo valer a pena”.
Sobreviver do artesanato é para Eliete, o seu maior desafio: “É preciso muito amor pelo que se faz, porque o rendimento financeiro em si é muito pouco. Considero como uma forma de ocupar meu tempo e completar o orçamento de casa”.
Avó coruja de Raissa, Isadora, Heitor e Theo, ela já chegou a viver em Florianópolis e no oeste do Estado, mas garante que cidade como Laguna não há: “Nossa cidade é feita de gente hospitaleira e muito acolhedora, o que não se vê em todo lugar. Fora isso, a tranquilidade é outro fator a se destacar”.
Se pudesse dar um presente para Laguna nos seus 343 anos, ela investiria na infraestrutura: “Nossas ruas precisam de cuidados urgentemente. Com toda certeza se eu pudesse acabaria com os buracos e criaria uma forma de dar mais vazão a água nos dias de chuva, evitando assim os alagamentos”.
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