Recentemente, lecionei um curso sobre liderança corajosa baseado no livro a Coragem para Liderar, de Brené Brown, uma pesquisadora de temas como vergonha, culpa e vulnerabilidade. Dentre muitos ensinamentos e reflexões sobre Liderança uma faz muito sentido, principalmente pelo momento que vivemos: a capacidade de desenvolver nas pessoas a coragem para serem resilientes e correrem riscos, caso contrário, o medo de errar e a vergonha pela falta de êxito poderão impedi-las de protagonizarem suas carreiras e vidas.
Se pensarmos em nossa realidade, muitos se preparam para adversidades apenas quando elas aparecem, e fazer isso é a mesma coisa que surfar no Havaí sem nunca ter nadado em uma piscina antes, o caldo será certeiro. E o culto ao fracasso, reforçado.
E como podemos nos tornar mais resilientes? Entenda resiliência como a capacidade de responder de maneira positiva às adversidades. E aqui, adversidade pode ser entendida como um conflito, falta de recurso, fim de um emprego, término de relações, e tantas outras possibilidades.
A primeira etapa para se tornar mais resilientes é reconhecer suas próprias emoções, saber nomeá-las, em que condições aparecem, como melhoram e, claro, como você pode gerenciá-las. No quesito gerenciamento, exercícios de respiração podem ser excelentes aliados.
O segundo passo é o confronto, mas não o entenda como um conflito com outro indivíduo, entenda confrontar a própria história que criamos em nossa mente sobre determinadas situações. Sempre que nos desapegamos dos fatos, as emoções nos dominam, e então, quando você começar a criar histórias em sua cabeça, pergunte-se sobre as evidências que você tem. Por exemplo, se você foi demitido e está contando uma história de fracasso e vergonha, é importante analisar as condições que você tem, por exemplo, quantas vezes isso já lhe aconteceu, quantos resultados positivos já conquistou…e claro, se não gostar das evidências, reconhecer sua história é o primeiro passo para mudar os próximos capítulos. E quanto a se apegar à evidências, isso é muito importante, porque nosso cérebro é muito fantasioso e fértil, então, a primeira história que você contar para você mesmo, pode ser apenas um rascunho inicial e não a última versão.
E por último, a revolução de ser quem você é e não aquilo que desejam que seja.
Pecamos quando permitimos que outros definam o que é sucesso em nosso lugar. Muitas empresas e líderes erram ao ensinar a competência de resiliência durante ou após um momento de dificuldades. Assim, o número de pessoas que pulam antes de aterrizar cresce proporcionalmente à medida que os problemas surgem. E quem não sabe se reerguer terá mais dificuldades em arriscar. Pensem nisso!
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