Já diria o ditado que, o pensamento cria, o desejo atrai e a fé realiza. Pois a determinação e o talento do lagunense Fabio Guizza Cereja o fizeram chegar além. Confeiteiro, proprietário de uma das padarias mais famosas da cidade, hoje aos 36 anos, comemora por ter seu estabelecimento como referência no que diz respeito a tortas, salgados e pães em Laguna.
Filho da saudosa Eliane Guizza e de “seo” José Luiz, aos 12 anos, no mercado da mãe, vivenciou sua primeira oportunidade de trabalho: “Durante 4 anos acompanhei de perto todos os desafios e a dedicação necessária no segmento, que não oportuniza ao dono, a chance de ter fins de semana e feriados e levar um ritmo de vida bem puxado”.
Aos 18 anos, ele conheceu Patrícia, hoje esposa, com quem compartilhou o desejo de montar o próprio negócio: “Surgiu a ideia de abrirmos uma padaria. Ainda que não houvesse experiência, sempre gostei de cozinhar. Inclusive, levo até hoje na memória, a imagem da minha avó Zulma, em meio as panelas do fogão de casa e aquele cheiro delicioso que pairava no ar ”, relembra o focalizado que ainda teve o avô, “seo” Agenor, como inspiração: “Ele chegou a ser proprietário de uma padaria. Infelizmente o prédio acabou pegando fogo, mas foi até mesmo uma forma de continuar com o legado da família”.
E assim, há 14 anos, o casal dava início a empreitada “Começamos contratando um padeiro e nós ficávamos no atendimento. Quando comecei a vivenciar algumas experiências desastrosas com profissionais da área, cheguei para minha esposa e decidi que daquele dia em diante não ficaríamos reféns pela falta de conhecimento. Eu faria os pães”, revela.
E desde então a força de vontade foi fator decisivo para o sucesso: “Acordava às 2 da manhã e ia dormir às 23 horas. Pegava receitas e adaptava até chegar a um sabor diferenciado. Foram anos de muita luta”, recorda. E tamanho foco, o levou à ideias ainda mais audaciosas: “Queria que a padaria fosse referência em algo novo na cidade. Fiquei sabendo que um revendedor faria a apresentação de novos produtos para o preparo de tortas em Florianópolis. Não pensei duas vezes. Cheguei na Ilha da Magia, conversei com ele, e trouxe uma nova espécie de glace, com aspecto idêntico ao da pasta americana, mas de sabor infinitamente mais gostoso”.
Desde então, o pai de Pedro Henrique, que chega a fazer até 130 tortas em um fim de semana de datas comemorativas, especializou-se ainda mais na área, com direito à cursos com experts em São Paulo, que o fizeram ampliar a oferta também nos salgados: “Não quero parar de aprender nunca e sigo o que meu pai sempre me disse, que para o sucesso chegar, precisaria fazer para vender o que eu faria para comer. É algo que me serve de inspiração”.
Com planos de fidelizar cada vez mais sua clientela e montar uma filial em outro bairro da cidade, o foco para 2016 já está definido: “Quero seguir trabalhando, mas diminuir um pouco o ritmo. Curtir minha família e oportunizar tudo o que há de melhor pra eles”.
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