Me escolhiam por último no futebol. E isso me fez ser melhor!
Hoje replico aqui um artigo que escrevi em meu linkedin (linkedin.com/in/guisantospp) e que acabou fazendo um grande sucesso. Foram mais de 17 mil visualizações, quase 1300 curtidas, 150 comentários e 180 compartilhamentos. Um texto onde falo sobre minhas experiências na infância e me manifesto contrário à ideia de uma matéria publicada nos meios de comunicação na semana passada. Leia, veja se concorda e, se possível, me acompanhe no Linkedin e entre na discussão pra crescermos ainda mais.
Uma matéria vem fazendo sucesso nos últimos dias, falando sobre o trauma que uma criança pode ter na infância ao ser escolhido por último num time de futebol, na hora da educação física, por exemplo.
Segundo o professor especialista em formação de docentes, David Barney, da universidade americana Brigham Young, nesse momento “desconfortável” em que professores ou alunos selecionam o jogadores – publicamente, anunciando um de cada vez – para formarem as equipes de uma disputa esportiva, pode haver um impacto emocional profundo para os alunos.
A sugestão dele, então, é que seja feita a escolha no privado. Ok. Interessante. Mas talvez esse não seja o ponto central da questão. Estamos falando de, mais uma vez, criar uma bolha de proteção excessiva em torno das crianças.
Neste texto, falo apenas de mim, uso meus exemplos e minha vida para formar minha opinião. E você pode ter a sua, claro. Porém, acredito que a minha seja parecida com a maioria, afinal, muitos dos que conheço concordam com esta visão.
Dito isto, qual o problema em deixar as crianças saberem no que são melhores ou piores? Eu, por exemplo, nunca fui bom no futebol. Geralmente era escolhido por último. Isso não me fazia triste. Eu busquei, então, melhorar. Comecei a jogar no gol, já que eu era melhor que a maioria nesta posição. Depois comecei a treinar mais. Aos poucos fui melhorando, a ponto de ser um dos “titulares” do time na época dos campeonatos entre salas no ensino médio. Um ano como goleiro e no ano seguinte como atacante (e artilheiro, diga-se de passagem).
No futebol eu até podia ser o último algumas vezes, porém, em outras ocasiões eu era o primeiro. Sempre fui um dos melhores alunos, aqueles que todos queriam ter na equipe, pois sempre tinha boas ideias. Era ótimo no xadrez. Muito bom em apresentar trabalhos, criar músicas, teatros e tudo que envolvia a criatividade. Também era bom no vôlei, basquete e handebol. Ou seja: Em algumas coisas eu era ruim. Outras, muito bom. C’est la vie!!
Essa nova geração de pais e as novas formas de criar um filho, querem sempre colocar as crianças numa redoma, protegida de tudo e todos. Mas eu realmente acredito que faz parte da formação de uma criança se frustrar, aprender, tentar ser melhor. Só assim ela vai estar preparada pra vida adulta, que é muito pior e mais competitiva.
O grande ponto que vai indicar se uma criança vai ser negativamente afetada por situações como esta, de ser escolhida por último, talvez seja o suporte emocional que ela recebe em casa e a educação adquirida. Eu nunca sofri com isso, pois meus pais souberam me educar e mostrar: se você não é bom em alguma coisa, é bom em outras. E se tem algo que não é bom, estude, treine, se aprimore e você vai ser melhor.
Eu ainda não tenho filhos, mas quando tiver, sem dúvidas levarei o seguinte mantra: Cuidar não significa proteger de tudo e impedir que seu filho tenha experiências ruins. Cuidar significa mostrar o caminho e, mesmo se algo de ruim acontecer, estar do lado para apoiar e ensinar a melhorar.
Quando os pais falham na função de educar o filho e dar a ele bases sólidas e bons conselhos, só resta mesmo colocar dentro de uma bolha e proteger de tudo e todos.
Segundo o professor especialista em formação de docentes, David Barney, da universidade americana Brigham Young, nesse momento “desconfortável” em que professores ou alunos selecionam o jogadores – publicamente, anunciando um de cada vez – para formarem as equipes de uma disputa esportiva, pode haver um impacto emocional profundo para os alunos.
A sugestão dele, então, é que seja feita a escolha no privado. Ok. Interessante. Mas talvez esse não seja o ponto central da questão. Estamos falando de, mais uma vez, criar uma bolha de proteção excessiva em torno das crianças.
Neste texto, falo apenas de mim, uso meus exemplos e minha vida para formar minha opinião. E você pode ter a sua, claro. Porém, acredito que a minha seja parecida com a maioria, afinal, muitos dos que conheço concordam com esta visão.
Dito isto, qual o problema em deixar as crianças saberem no que são melhores ou piores? Eu, por exemplo, nunca fui bom no futebol. Geralmente era escolhido por último. Isso não me fazia triste. Eu busquei, então, melhorar. Comecei a jogar no gol, já que eu era melhor que a maioria nesta posição. Depois comecei a treinar mais. Aos poucos fui melhorando, a ponto de ser um dos “titulares” do time na época dos campeonatos entre salas no ensino médio. Um ano como goleiro e no ano seguinte como atacante (e artilheiro, diga-se de passagem).
No futebol eu até podia ser o último algumas vezes, porém, em outras ocasiões eu era o primeiro. Sempre fui um dos melhores alunos, aqueles que todos queriam ter na equipe, pois sempre tinha boas ideias. Era ótimo no xadrez. Muito bom em apresentar trabalhos, criar músicas, teatros e tudo que envolvia a criatividade. Também era bom no vôlei, basquete e handebol. Ou seja: Em algumas coisas eu era ruim. Outras, muito bom. C’est la vie!!
Essa nova geração de pais e as novas formas de criar um filho, querem sempre colocar as crianças numa redoma, protegida de tudo e todos. Mas eu realmente acredito que faz parte da formação de uma criança se frustrar, aprender, tentar ser melhor. Só assim ela vai estar preparada pra vida adulta, que é muito pior e mais competitiva.
O grande ponto que vai indicar se uma criança vai ser negativamente afetada por situações como esta, de ser escolhida por último, talvez seja o suporte emocional que ela recebe em casa e a educação adquirida. Eu nunca sofri com isso, pois meus pais souberam me educar e mostrar: se você não é bom em alguma coisa, é bom em outras. E se tem algo que não é bom, estude, treine, se aprimore e você vai ser melhor.
Eu ainda não tenho filhos, mas quando tiver, sem dúvidas levarei o seguinte mantra: Cuidar não significa proteger de tudo e impedir que seu filho tenha experiências ruins. Cuidar significa mostrar o caminho e, mesmo se algo de ruim acontecer, estar do lado para apoiar e ensinar a melhorar.
Quando os pais falham na função de educar o filho e dar a ele bases sólidas e bons conselhos, só resta mesmo colocar dentro de uma bolha e proteger de tudo e todos.