Com frequência escutamos especialistas falarem a respeito deste tema, nas organizações percebemos uma preocupação cada vez maior em desenvolver esta habilidade. Mas afinal, o que significa inteligência emocional?
Não tem como falar desse tema sem falar sobre o que é emoção. E tenho certeza que todos sabem o que é emoção, mas talvez, tenham dificuldade em conceituá-la. Imagine a seguinte cena, você está indo pegar seu avião para aquelas férias nas Maldivas, já sentando e cheio de expectativas, extremamente empolgado, de repente, vem um aviso da cabine dizendo que algo está errado com a aeronave, nesse momento seu cérebro começa a disparar uma série de informações e seu corpo dá sinais fisiológicos, boca seca, pupila dilata e uma série de hormônios são acionados…emoção é isso, uma resposta cerebral, fisiológica, automática, ela acontece, logo, inteligência emocional não é sobre controlar as emoções, é sobre compreender como elas funcionam dentro de nós e que respostas geram em nossos comportamentos. Emoção tem a ver com ação. Geralmente são inconscientes, estão abaixo da nossa linha de percepção. A partir do momento que você a torna consciente, você está diante de um sentimento. Nossos sentimentos são nossas percepções conscientes das nossas emoções.
Emoções servem para gerar comportamento e nem toda emoção irá se tornar um sentimento pois é preciso estar consciente para perceber o sentimento gerado. Nossos sentimentos fazem parte de um sistema psicológico mais complexo porque envolve habilidades como memória, atenção e etc. Compreendendo suas emoções e o impacto dos sentimentos você pode fazer uma melhor gestão dos seus comportamentos que são evidentes a olho nu.
Inteligência Emocional é a capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e das pessoas com quem convivemos. E é tão importante desenvolver esta habilidade levando em consideração sua vida pessoal e profissional, resultados de pesquisas apontam que ser inteligente emocionalmente é responsável por cerca de 80% das competências que diferenciam líderes espetaculares dos medianos. Por tal razão o mundo corporativo está cada vez mais investindo no desenvolvimento desta habilidade.
Para começar a navegar por esse desenvolvimento seguem alguns aspectos relevantes:
1. Saber reconhecer suas emoções;
2. Conhecer seu lado mais frágil e suas forças para identificar o momento de recuar ou de avançar;
3. Interpretar os sentimentos e intenções de outras pessoas, colocar-se no lugar do outro, ser empático – de verdade;
4. Saber dizer não quando precisamos colocar limites em nossas relações. Rejeitar propostas, trabalhos ou qualquer outra coisa que sabemos que por mais interessante que sejam, não irão nos beneficiar e conseguimos dizer NÃO, mesmo querendo dizer SIM. Isso, sem se preocupar com o que irão pensar sobre você pois você tomou decisões baseada em seus valores.
5. Perdoar-se! Significa que você consegue lidar com seus fracassos de forma madura. Como assim? Não ignorando nossos erros, mas buscando entender como não fazê-lo novamente.
6. Tem consciência e não quer a perfeição. Saber que não há perfeição, apenas respostas que damos diante de acontecimentos e que estas respostas podem ser melhores quando não olhamos para os acontecimentos que passaram como um fator que irá predizer nosso futuro mas sim como uma possibilidade de aprendizado. A perfeição não existe, o que existe é sua escolha em ser melhor a cada dia.
E não existe destino final para IE, mas o caminho até ela, por isso, siga criando novos comportamentos nas mais diversas áreas da sua vida. Pense nisso! Até a próxima semana.
Por Letícia Zanini – Master Coach, Psicóloga e Educadora Comportamental