Nascido e criado em meio a arte e a música, o desfecho profissional do talentoso lagunense João Rodrigues Junior não poderia ser outro. Uma das figuras ilustres de nossa terra, o filho caçula do saudoso carnavalesco João Rodrigues, guarda na memória as trilhas sonoras que embalavam a casa onde viveu na infância com seus quatro irmãos: “As lembranças são muitas, mas em especial recordo o quanto nossa vida já era ligada a música. O som sempre alto, com um repertório clássico ou fado. Lembro ainda que minha mãe já fazia parte do Coral Santo Antônio e para não me deixar sozinho em casa, acabava me levando junto. Respiro arte desde os primeiros passos. Seria quase que óbvio trabalhar nesta área”, explica. Quem vê o tenor em ação, não imagina que além do talento nato, as aulas de canto, aos 16 anos, foram de extrema importância: “Não tinha condições de pagar o investimento, então vendia minhas telas, como forma de arrecadar dinheiro. Assim pude explorar minha voz de forma profissional”. Aos 50 anos, em plena atividade, dedica seu tempo a pintura de telas, composição de músicas, embalando as cerimônias de casamento ou ainda na administração do bar do qual é sócio, o Beco da Lua, na praia do Mar Grosso: “Amo cuidar da minha casa. Me considero inclusive um excelente dono de casa. Gosto de deixar tudo muito bem arrumado. Fora isso, uso a luz do dia para me dedicar à pintura e uso as madrugadas para compor. É um momento de inspiração”. Se não estivesse neste segmento, Joãozinho aposta que talvez investisse na Arquitetura ou no Turismo, ainda que considere que sua veia artística fale mais alto. Atualmente, o artista está com suas telas expostas na Galeria Tattica, em Itajaí: “Abuso das cores e dos traços geométricos, me destaco pela pluralidade do meu trabalho”.
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