Filha de comerciante, Joseane Schwalb Sá não poderia estar em outro ramo se não o de vendas. Tendo no mercado do pai, sua primeira experiência profissional, aos 11 anos, a então menina que sonhava em ser professora, acabou dona de uma loja de moda feminina, não por acaso. Casada desde os 17 anos, foi por intermédio e incentivo dos sogros que a esposa de Djalma investiu em seu primeiro negócio: “Eles me ajudaram a montar uma loja com artigos de 1,99, muito comum na época. Mas, surpreendentemente, eu ainda tinha grande empatia e desenvoltura com o mercado, e acabei deixando o negócio para minha cunhada e voltei a administrar o mercado do qual eles eram proprietários”. Há cerca de 13 anos, passeando pelo centro da cidade, Jô, como é carinhosamente conhecida pelos amigos, viu uma placa de vende-se em uma loja: “Entrei e quis saber o quanto eles pediam. Cheguei em casa, conversei com meu marido. Calculamos, projetamos e ele decidiu acreditar em meu sonho”. Assim, era dado início a uma nova fase: “Como não sabia ao certo que tipo de segmento iria investir, abri vendendo roupas masculina, feminina e infantil e brinquedos. Era uma verdadeira miscelânea, que foi sendo excluída pouco a pouco”. Focada diretamente no mercado de moda voltado para mulheres, Joseane avalia o público consumidor: “Hoje o povo está muito mais exigente. Quer produtos diferenciados, exclusivos, além claro de um bom atendimento. A internet revolucionou e expandiu a visão do público, que hoje em um click do computador tem acesso a tudo que está ou será tendência”, avalia. Com um público eclético, que vai dos 13 aos 80 anos, a mãe de Guilherme e Gabriel se diz feliz com o que faz e brinca ao fazer planos de atender suas clientes até mesmo quando estiver na terceira idade: “Estarei na loja ainda que de bengala, vendendo até frauda geriátrica para o público que hoje tem a minha idade”. Uma das primeiras donas de loja a lançar os famosos coquetéis de nova coleção, a ideia para tal ação surgiu de forma inusitada: “Na época da gripe A o movimento caiu consideravelmente e comecei a buscar alternativas. Conversei com o Djalma sobre a ideia de fazer um evento em um bar, onde poderíamos apresentar a loja e as peças, com um desfile, mas ele declinou, salientando que ninguém estava indo a lugares com grande público e ainda mais em um ambiente fechado. Não me dei por vencida. Passei a noite matutando uma outra forma. Assim lancei uma semana inteira de coquetel para as clientes, na própria loja, com docinhos, espumante, uma modelo desfilando looks da nova estação. Foi um sucesso”.
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