Vocação, amor pelo que faz ou muita bagagem e conhecimento técnico? O que faz um profissional ser destaque? A professora Juciane Rebello de Souza é reconhecida por todos os requisitos. Carinhosamente chamada por Juci, a filha de dona Glória e de “seo” Pedro Antonio é formada em Pedagogia e possui especialização em Psicopedagogia. Sua trajetória começou aos 17 anos, na Escola Gregório Manoel de Bem, em Ribeirão Pequeno: “Já percorri uma longa caminhada. Passei por escolas públicas e particulares, como o Stella Maris, onde fiquei por mais de dez anos. Atualmente leciono na Escola Estadual Comendador Rocha, na qual me efetivei após ser aprovada em um concurso público”.
O estímulo para ingressar na área veio de casa. Foi na convivência com a rotina da mãe, hoje professora aposentada, que o interesse foi crescendo no decorrer dos anos: “Além dela, tenho muitos tios e tias que são professores. Lembro que quando pequena, gostava muito de ir com minha mãe para o serviço dela. Vê-la corrigindo os cadernos e provas são cenas que carrego na memória. Muito do que sou hoje, devo ao que ela representa pra mim”.
Quando questionada sobre os requisitos necessários para ser destaque na área, a mãe de Fabio avalia: “Não pode faltar amor, afinal é preciso gostar de ser professor. Organizar bem o seu tempo e as aulas, ter coragem para enfrentar os desafios de uma atividade que recebe baixos salários, salas de aula lotadas e principalmente aceitar o desafio de ensinar e fazer o aluno aprender diante de tanta modernidade e tecnologia”.
Se o assunto é o quanto a profissão lhe satisfaz, Juci abre o coração: “Acompanhar o processo, lidar com tantos níveis de aprendizagem e conseguir fazer com que todos aprendam é algo que me emociona. Eu confio e peço a Deus muita saúde para desempenhar minha função. Atualmente trabalho em uma excelente escola pública, com profissionais dedicados e com uma boa estrutura, mas é fato que a educação no Brasil precisa de muitas mudanças”.
Orgulhosa por ter participado da alfabetização de ex-alunos que hoje estão na universidade, a professora não esconde sua realização: “Os anos passam tão rapidamente que acaba se perdendo a noção do tempo. Hoje ao ver tantos jovens que um dia ensinei as primeiras letras e palavras, sinto uma gratidão tamanha por saber que fiz parte da vida de cada um deles”.
Nas horas de folga, procura estar na companhia do marido: “Nós dois gostamos muito de ir ao cinema, sair para jantar e escutar uma boa música. Também não dispensamos curtir a casa com nossos filhos e a família. Só tenho a agradecer por ter no meu esposo e no meu filho o verdadeiro significado de porto seguro, me dando sempre o incentivo necessário e cuidando de mim”.
Apaixonada por Laguna, ela não economiza elogios a cidade: “É um lugar lindo. O mar, a natureza e todas as suas belezas naturais. Hoje com a universidade, podemos ver que o bairro ao seu redor está aos poucos se modificando. Acredito que este é o caminho para que as pessoas tenham coragem de mudar e empreender. Acho que o município carece de mais áreas de lazer, com parques e áreas para esporte, que seriam de grande aproveitamento para nossas crianças e jovens”.
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