Quando criança, Júlia Figueiredo da Silva já era destaque nas atividades que envolviam arte e criatividade, como desenho e pintura. Ainda que não tivesse uma opinião formada a respeito, a lagunense de 25 anos cogitava a ideia de seguir os passos do pai, Julio, que atua na área de comunicação visual. Os anos passaram e novas oportunidades foram aparecendo na vida da focalizada que optou em seguir a carreira de arquiteta e urbanista: “Quando estava no Ensino Médio, minha maior dúvida era qual profissão escolher. Comecei a pesquisar sobre os cursos, os quais mais me identificava, e dentre eles veio a opção de fazer Arquitetura, que foi inclusive sugestão do meu pai. Quando saiu a aprovação, confesso que pouco conhecia sobre a profissão. Já nos primeiros meses de faculdade brotou a paixão e fascinação pela área. Hoje, apesar das responsabilidades que a atividade exige e das várias noites de sono perdidas, jamais escolheria outra carreira”, explica.
Com o término dos estudos, Julia optou por seguir carreira autônoma, através da qual tem a possibilidade de trabalhar em horários flexíveis: “Atualmente, estou desenvolvendo e me dedicando aos primeiros trabalhos como responsável técnica. Os clientes vão surgindo através de indicação de amigos e familiares”.
Sobre sua rotina, ela pontua: “No primeiro contato com o cliente, procuro saber todas as necessidades e gostos, o que acaba provocando uma certa intimidade com a família já nas primeiras conversas. Com as necessidades definidas, é hora do trabalho, onde são necessárias várias horas por dia de dedicação em estudos de volumetria, planta baixa e fachadas, buscando sempre unir a funcionalidade com a estética”.
Questionada sobre o que mais gosta na profissão, pontua: “A parte mais prazerosa é ver o resultado final de toda dedicação, sabendo que esse trabalho vai melhorar radicalmente a qualidade de vida dos clientes e seus familiares. Deixá-los satisfeitos é a melhor recompensa”.
Apaixonada por Laguna, ela explana os motivos desse amor: “A cultura, as paisagens e a maneira de viver das pessoas me encantam. Porém falta oportunidade de emprego e chances de crescimento profissional. Ainda sim, é aqui que aproveito o tempo com minha família ou praticando atividades ao ar livre, como caminhar e pedalar”.
Sobre o que falta para o desenvolvimento da terra de Anita, a arquiteta tem seu ponto de vista formado: “Laguna tem um potencial turístico e cultural enorme. É uma das poucas cidades que ainda mantém viva algumas tradições culturais como a pesca artesanal. Acredito que para o seu desenvolvimento faltam políticos comprometidos, que desenvolvam projetos que valorizem as riquezas já existentes, gerando inclusive novas oportunidades de emprego”, finaliza.
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