A necessidade de evoluir nos cuidados com a terceira idade
O Instituto Mongeral Aegon, entidade sem fins lucrativos, ao divulgar um indicador, colocando a terra de Anita em 133º lugar entre 596 municipios, evidencia o quanto Laguna ainda precisa evoluir nos cuidados e atenção a população da terceira idade.
O chamado Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade -IDL, é um indicador de avaliação sobre a qualidade de vida e longevidade no Brasil, com o estudo considerando dimensões como cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e cultura, além de indicadores gerais de desemprego, expectativa de vida e violência e que certamente servem ou é ideal para os gestores públicos e empreendedores que queiram atuar de forma mais alinhadas, às reais necessidades da população. É também para qualquer cidadão que queira conhecer as condições que seu município proporciona para uma longevidade de qualidade.
A pesquisa 2020 selecionou as mil cidades mais populosas do Brasil e as separou em dois grupos: as 300 maiores e as 700 menores. Devido à falta de dados disponíveis para as análises comparativas, o número de cidades avaliadas caiu de mil para 876, sendo 280 maiores e 596 cidades menores, claro com Laguna se encaixando no segundo grupo.
Registre-se que para cada grupo foi elaborado um ranking e o resultado mostra que, em ambos os casos, as dez primeiras posições pertencem majoritariamente a cidades paulistas.
Grandes cidades
Entre as “grandes cidades” catarinenses, o destaque maior fica com Florianópolis que está na 5ª posição entre as 280 pesquisadas, vindo na sequência Blumenau em 25º, Balneário Camboriú 26º, Tubarão em 32º, Itajaí 41º, São José 59º, Criciúma 68º, Brusque 88º e Joinville, a principal e maior cidade do estado em 95º, lembrando que no ranking regionalizado, que abrange os três estados sulinos, Santa Catarina conta com cinco cidades entre as 10 primeiras.
Pequenas cidades
No grupo das cidades pequenas, como Laguna, a melhor colocada é Concórdia, na 22ª posição entre as 596 pesquisadas em todo o Brasil, seguida por Rio do Sul em 31º, São Bento do Sul 101ª. O ranking revela que as cidades gaúchas de pequeno porte predominam nas primeiras posições quando se avalia apenas a região sul .
Laguna
Mesmo que tenha melhorado variavelmente em alguns itens, em se comparando com 2017, a terra de Anita aparece melhor agora nos indicadores gerais, com 91 pontos e ranking geral em 69 pontos, sabendo-se que quanto mais próximo de 100, melhor o resultado obtido. Em habitação em porcentagem de participação dos grupos etários na população com mais de 65 anos, a cidade obteve nota 80,45, assim como em educação e trabalho a nota 67,47.
Outros dois rankings
O levantamento do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon permitiu ainda classificar as cidades, que participaram do estudo em dois outros rankings: um para pessoas com idade entre 60 e 75 anos e outro para as pessoas acima dos 75 anos.
O IDL utiliza os dados publicamente disponíveis oriundos de fontes oficiais, preferencialmente.
Assim, os dados foram coletados em órgãos públicos, tais como Agência Nacional de Saúde (ANS), IBGE, Ministérios das Comunicações, Saúde, Educação e da Fazenda, Instituto Nacional de Metereologia e Tesouro Nacional, entre outros.
O diretor executivo do Mongeral, Henrique Noya, observa que as cidades mais bem posicionadas da lista não necessariamente são as que têm mais dinheiro disponível para investir: “Passa por uma questão de bom uso dos recursos, mas também pelo foco naquilo que a gente considera importante para promover qualidade de vida”, afirma.