Lucinara Fernandes

A oportunidade de ajudar ao próximo. Este foi o fator decisivo na escolha profissional da lagunense Lucinara Fernandes, que aos 25 anos é Técnica em Enfermagem, atuando há um ano e meio na parte de coleta e na recepção do Laboratório Acácia. O xodó de dona Ana e de “seo” Evoli escolheu a área da saúde, por entre outros motivos, influenciada pela família: “Tenho muitos parentes que já se dedicavam a esta parte assistencial. Foi quase inevitável, pois cresci neste meio e acabei tendo muita afinidade”. Sua primeira experiência, aconteceu no Hospital de nossa cidade: “Foi o lugar em que cresci profissionalmente e recebi as primeiras instruções. Mas curiosamente, sempre passava pelo laboratório e pensava em deixar meu currículo. Nunca havia vaga. Até que um dia coincidiu e fui chamada. Estou imensamente feliz com a oportunidade’. Com uma rotina que inicia às seis horas e que tem sua grande demanda principalmente no início da manhã, surpreende quando questionada sobre quem dá mais “trabalho’ na hora da coleta: “Os homens, mais crescidos, são os que tem maior facilidade em desmaiar. E olha que não são poucos. Já estou acostumada”. Atendendo até 30 pacientes por dia, aponta as crianças como seu maior desafio: “Os bebês e o público infantil. O primeiro por ser muito frágil e as crianças pois é preciso passar confiança do que está sendo feito, entretê-las. Requer toda uma preparação”. Sobre o que mais gosta na rotina, pontua: “A chance de ajudar. Sou de opinião que a possibilidade de trabalhar no contato com as pessoas, existe em quase todos as profissões, mas a minha, me possibilita ser útil principalmente em um momento de extrema necessidade, como a realização de uma coleta de sangue. Fora isto tem também a gratidão de muitos clientes, o que me realiza ainda mais’. Mas uma pessoa em especial, a esposa de Ricardo recusa-se a “tirar” o sangue. Trata-se de Maria Eduarda, sua primeira e única herdeira: “Casa de ferreiro, espeto de pau, já diz o ditado. Eu, como mãe, tenho pena. Ela, como filha, sabe que consegue me deixar aflita ao ver sua dor, portanto, quando precisa passar por isso, tem sempre que recorrer a outra pessoa, que não a mamãe aqui”. Sobre os planos para o futuro, os estudos estão em alta: “No que diz respeito a profissão, quero me estabilizar, iniciar a faculdade e com isso ter a oportunidade de crescer cada vez mais. Na vida pessoal, quero continuar vivendo em paz ao lado da minha família e se possível, viajar e conhecer novos lugares”.