Na semana em que os holofotes foram voltados para inauguração da primeira ponte estaiada em curva do Brasil suspensa por estais centrais, nada mais justo do que a coluna reverenciar Luis Gustavo de Oliveira Zanin, um dos profissionais que esteve à frente do projeto e com muita determinação, junto a toda equipe de trabalho, deixam para a cidade além da grandiosa obra, um legado e o exemplo de que com planejamento e competência tudo é possível. Formado em Engenharia Civil e Agrimensura, o filho de dona Helena e de “seo” Antônio iniciou sua trajetória profissional em São Paulo: “Trabalhei por 14 anos em uma pavimentadora, até chegar a Camargo Correa, onde estou há oito anos”. Na atual empresa, Zanin executou obras como a Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, na Vale, em São Luis do Maranhão, a Estrada da Batalha, em Recife, entre outras, até o início da ponte, em 2012: “Este projeto é sem dúvida a consagração da minha carreira. Foi escolhido inclusive pelo segundo ano consecutivo como a obra padrão do ano pela construtora, reconhecido com o selo Platinum, pela excelência nas bases de segurança, qualidade e gestão, sustentabilidade, compromisso com resultados, transparência, liderança, pensamento estratégico, senso de responsabilidade e inovação”. Casado com Maria Aparecida, pai de Guilherme, Leonardo e Nicholas, ele revela o sentimento que a família nutre por Laguna: “Já vivemos em outras cidades, mas a terra de Anita nos recebeu de braços abertos. Fizemos muitas amizades, fomos muito bem recebidos. Sabemos que o município ainda tem muito o que desenvolver, mas o que fica é a imagem de um povo muito hospitaleiro”, define. Tamanha empatia, faz até mesmo surgir a possibilidade de fixar raízes: “Eu e minha esposa levantamos a ideia de comprarmos uma casa aqui. Brinco que deve ter sido a água da fonte da carioca que nos despertou o fascínio, mas tudo dependerá da próxima obra para qual serei recrutado”. Sobre a Ponte Anita Garibaldi, o engenheiro a define como um “sonho materializado” e inclusive pontua alguns dos diferenciais do novo cartão postal: “Com a ajuda de um equipamento (BERD) vindo de Portugal, conseguimos agilizar a parte da obra realizada em terra, confeccionando até seis vãos da ponte em único mês. Isto nos permitiu a chance de finalizarmos cada etapa praticamente dentro do esperado pela Construtora”. Encerrando a entrevista, o focalizado mostrou-se feliz com a interação de toda equipe e a entrega da obra: “O engajamento dos gestores, o entendimento de que era preciso tratá-lo como um negócio de nossa propriedade, que dependeria de cada uma para alcançarmos o sucesso, despertou a força de vontade, desde os gerentes sendo transmitido à todos os colaboradores, independente da função. Paralelo a isto, somos todos sabedores do quanto a ponte será um alívio para os usuários deste trecho da BR. Acompanhamos este sofrimento nos últimos anos e falo em nome da equipe e do quanto estamos felizes. Essa obra representará muito para o desenvolvimento de toda região”.
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