Perfil

Marcus Paulino Teixeira

Na próxima segunda-feira (13) será celebrado o dia do cantor. E nada mais justo que a coluna reverencie a data com um representante da classe. Lagunense, Marcus Paulino Teixeira é fruto da terceira geração de uma família que comunga de um mesmo ideal: a música. Foi com o avô, que essa paixão começou; o pai Geraldo deu continuidade e hoje é ele quem dá seqüência a tradição da família, cantando nos palcos de todo o estado. Marcus acredita que a vida já lhe deu motivos de sobra para ser um profissional realizado. Afinal faz o que gosta e tem a chance de lidar com o público, paixões que ele não abre mão: “São 23 anos dedicados à profissão. Tenho certeza que fiz a escolha certa. Os desafios encontrados são apenas obstáculos a serem vencidos”, explica o músico quando questionado sobre as dificuldades de viver da arte. Formado em Harmonia Clássica, Marcus concluiu ainda no fim do ano passado o curso de Arquitetura e Urbanismo, pela nossa UDESC: “Minha afinidade com a área começou com uma obra que realizei na minha casa. Vi que tinha uma sintonia incrível com a execução de projetos e aliado a comodidade de ter uma universidade pública na cidade decidi fazer bom uso da grande oportunidade”, avalia. Atualmente, ele se dedica as duas profissões: “Praticamente todos os meus dias são em função do trabalho. Durante a semana trabalho em um escritório de Arquitetura e nos fins de semana é hora de “pegar a estrada” com a banda”, explica o músico que vê como lado negativo de sua função, a distância da família e a falta de um horário certo: “É triste ficar longe de minha esposa e dos meus filhos, principalmente quando tocamos em datas festivas. Somado a isso, não tenho hora para dormir. É cansativo”. Mas nada que não se supere com os bons momentos que a profissão já lhe proporcionou: “Lembro perfeitamente até hoje a primeira vez  que toquei no Carnaval de Laguna. Reunir uma multidão e estar em minha cidade foi um presente e tanto”, declara Marcus que se considera um apaixonado pela cidade: “Jamais trocaria Laguna por outro lugar. Quero desenvolver cada vez mais minha atividade na terra onde nasci e me criei”. Pai de Gabriel e Bruna, o músico, até o momento, acredita que aptidão musical não deva ter continuidade na próxima geração: “O meu filho mais velho nunca se mostrou adepto a este universo. A mais nova gosta muito de dançar e até arrisca cantar, mas é muito cedo para desenhar o futuro. Prefiro aguardar”. Esbanjando disposição, diminuir o ritmo está longe dos seus planos: “Enquanto tiver disposição e saúde estarei me dedicando as minhas profissões. Seja na Arquitetura, minha mais nova paixão ou na música, com quem nasci e me criei e da qual não pretendo me despedir tão cedo”, finaliza.

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