Nada mais justo do que retratarmos a trajetória de vida do craque lagunense que marcou época ao lado de Gilmar, Mauro, Zito, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Mengálvio Figueiró nasceu aqui a 17 de outubro de 1938, portanto hoje com 81 anos, filho de dona Maria Florisbela e de ‘‘seo” Antonio Libânio Figueiró, tendo os irmãos, igualmente craques da bola Beneval e Luiz, já falecidos e Antônio, o nosso Tuíco. Foi casado com dona Claudina (já falecida), com quem teve as filhas Fabiana e Alessandra, além de Ângela Maria, do primeiro casamento de sua esposa, reside em São Vicente (SP). Os netos Mengálvio e Nathan, também fazem a alegria do craque. O Menga, como é chamado, em 1952, começou no Palmeirinhas, time amador daqui, indo depois para o Barriga Verde, o glorioso periquito da terra de Anita, e dali, para São Leopoldo (RS), onde jogou pelo Aimoré e conquistou o vice-campeonato gaúcho e dali, em 1960, indicado pelo zagueiro Calvet, que o conhecia do clube gaúcho, para o grande Santos onde ganhou (quase) tudo que disputou como a Copa Libertadores da América, de 1962 e 1963, Mundial de Clubes de 62 e 63 (em que marcou um gol contra o Milan, no Maracanã), Campeonato Paulista de 60, 61, 62, 64, 65 e 67, Taça Brasil de 1961, 62, 63, 64 e 65, Torneio Rio-São Paulo de 1963, 64 e 66. Convocado para a Seleção Brasileira, foi campeão mundial de 1962, no Chile. De acordo com os arquivos do Santos FC, disponíveis na Vila Belmiro, Mengálvio fez 371 jogos e 28 gols pelo time peixeiro e 15 jogos e um gol pela Seleção Brasileira, dia 15 de março de 1962, na vitória por 2 a zero contra o México. Do início aqui no nosso Barriga Verde, ele jogou pelo Aimoré, Santos, Grêmio e Milionários da Colômbia. Recebeu passe livre do Santos no final de 1968. “A liberação foi um justo prêmio aos inestimáveis serviços que Mengálvio prestou à coletividade alvinegra, com dedicação, real valor e consciência profissional exemplar, tanto em campos brasileiros como no exterior”, disse, à época, o então presidente do Santos, Athiê Jorge Coury. “Seus feitos e a sua participação marcante a serviço do Santos e do glorioso futebol brasileiro permanecerão inolvidáveis, e aqui permanecerão amigos e admiradores que, nesta oportunidade, com estima, lhe desejam votos de toda sorte de felicidade e de sucesso ímpar em sua consagrada carreira”. Em 1969, foi campeão do Torneo Finalización, jogando pelo Millonarios, da Colômbia. De acordo com o livro Time dos Sonhos, do jornalista Odir Cunha, Mengálvio, por ser bonachão e desligado, era vítima constante de brincadeiras por parte de seus amigos de clube. No mesmo livro, o também ex-jogador Coutinho conta que, certa vez, o meia chegou a um hotel bastante cansado e acabou adormecendo sobre as malas que levava no elevador, permanecendo assim durante muito tempo. Outro amigo de clube de Mengálvio que também conta passagens interessantes sobre o meia é o ex-ponta esquerda Pepe, em seu livro Bombas de Alegria. Menga reitera sempre que não esquece suas origens, dando muito valor à Laguna, onde nasceu. Aliás aqui, ele foi homenageado com a Medalha da Ordem Domingos de Brito Peixoto. De Santa Catarina, foi agraciado com a Medalha do Mérito Anita Garibaldi, a mais alta comenda outorgada pelo Governo estadual.
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