Nos anos 60, Adilson deixou aqui a sua família (pai e seis irmãos) e foi tentar a carreira artística no Rio de Janeiro, não porque a cigana lhe garantisse que seria feliz como cantor, mas porque estava convencido de que alcançaria o sucesso e porque amava a carreira que escolheu. Adilson estudou música, canto e ainda tocava violão muito bem.
Cantor e compositor que levou o nome de Laguna aos quatros cantos do Brasil, faleceu no último sábado (16), em Niterói (RJ), onde residia, Adilson Adriano, cujo nome de Batismo era Adilson dos Santos.
Filho de Matilde e Saúl dos Santos, jovem ainda mudou-se para o Rio de Janeiro, onde fez carreira artística, aparecendo na mídia nacional, especialmente nos programas das rádios Globo, Tupi, Mauá, Mayrink Veiga e Mundial, como Discoteca do Chacrinha, Luiz de Carvalho, Haroldo de Andrade, Paulo Giovani, Jimy Raw, Adelson Alves, Barros de Alencar, Flávio Cavalcante, J. Silvestre, Cidinha Campos e Big Boy, entre outros com os sucessos Canta Menina (de Luiz Ayrão), composições suas como Teu Nome (com gravação sua e de Gilberto Montenegro), …E eu fiquei só, Quando retornar à casa, Por ti, Amor demais, A Mesma Porta (gravação sua pela Epic/CBS) e Vou para nunca mais voltar, também gravada por Ângela Maria. Em mais de 20 compactos simples, o lagunense ainda fez sucesso com Juca Facão, Garrucha Mané e Balada para qualquer Natal, Budha, Anúncio de Jornal, Eu quero dançar um bolero, O rei e o plebeu, Rio-Coração do Brasil, Fogo Cruzado. Samba da camisa nove, Tango nostalgia e Marcha para a paz. O astro lagunense também teve composições gravadas por Edson Wander, Gilberto Montenegro, Zezinho Barros, Marcos Samm e Marlene Cavalcanti.
Mas seu primeiro disco, em 1968, foi o LP Nasce Um Novo Ídolo, pela Gravadora Bemol, de Belo Horizonte, com a maioria, composições suas e da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim. Entre as músicas, Quem será?, Canzone Per Te, Canta Menina, A meu filho, Quem vai chorar sou eu, Quando o Sol aparecer, Não me deixes mais, Eu gosto tanto de você e Aleluia, com passagens pelas gravadoras Bemol, Epic-CBS e Fermata. Nos últimos tempos gravou cds independentes, como o que incluiu “Laguna, rainha do sul”, em homenagem à cidade natal. (Com a colaboração de Sérgio Matias da Cunha, Vânio Santos e Paulo Cereja).