O jornalista Moacir Benvenutti Filho morreu na manhã da última sexta-feira (29) por volta das 11h, aos 67 anos (faria 68 no próximo dia 10), devido a um ataque cardíaco. Profissional reconhecido como ícone do colunismo social em Santa Catarina, Moacir já atuou no jornal Diário Catarinense de 1986 a 1995, no A Notícia de 1995 a 2008, tendo passagens pelo Jornal de Santa Catarina, de Blumenau, Notícias do Dia de 2008 a 2009 e no nosso Jornal de Laguna, também de 26 de setembro de 2008 a 1º de julho de 2011. Promoveu edições do Grande Gala de Santa Catarina, uma delas no Laguna Tourist Hotel, em nossa cidade. Benvenutti estava afastado do trabalho devido a problemas renais, e morreu a caminho do hospital, onde iria fazer uma hemodiálise. O jornalista, que já havia entrado em coma em algumas ocasiões, lutava há anos contra a diabetes, doença que o levou a morte devido à complicações de saúde.
Moacir iniciou no jornalismo impresso em 1977, e foi o primeiro de Santa Catarina a ter uma coluna social estadualizada, aliás fundando a Associação Catarinense de Colunistas Sociais (FEBRACOS), também atuou como presidente da Febracos (Federação Brasileira de Colunistas Sociais) de 1998 a 2001. O profissional, que atuou em 2002 como presidente-interino da ACI (Associação Catarinense de Imprensa), tinha como hobbies prediletos tocar piano e viajar, já tendo visitado países como Tailândia, Turquia e Austrália.
Nascido em Florianópolis no dia 10 de maio de 1948, onde morava atualmente e residiu durante a maior parte de sua vida, Moacir era reconhecido pelos amigos por ser uma pessoa bem-humorada. O colunista, que também residiu em São Paulo, Rio de Janeiro, Guarujá e Milão, já foi apresentador televisivo na hoje extinta TVBV, e atuava também como promotor de eventos, entre eles o Grande Gala Santa Catarina, jantar social que promoveu durante 17 anos.
Foi reconhecido profissionalmente por diversas condecorações, entre elas a Comenda de Mérito Nacional do Jornalismo e as medalhas de Honra ao Mérito da Marinha, do Exército e da Polícia Militar de Santa Catarina.
Missa de 7º Dia
A missa de sétimo dia do colunista Moacir Benvenutti será na Igreja Nossa Senhora da Conceição, à Rua Vitor Konder, n. 344, Centro, Florianópolis, às 19h de amanhã (7), facilitando assim a participação de familiares, amigos e colegas daqui e de fora da cidade. A família enlutada agradece.
“Ele teve liderança nacional no colunismo social, seu trabalho tinha repercussão em todo país. Além de ter colunas sociais em jornais, chegou a atuar em revistas. Promovia eventos no Estado inteiro. Era um cidadão muito generoso, proativo e inovador, que tinha muito orgulho de ser catarinense e enaltecia Santa Catarina como poucos. É uma grande perda. Sem dúvida foi o mais importante colunista social de Santa Catarina nas últimas décadas. Fazia filantropia e ajudava diversas entidades em diferentes regiões do Estado. Foi uma figura excepcional, uma grande perda, e deixará uma lacuna que não será preenchida facilmente”.
Ademir Arnon, presidente da Associação Catarinense de Imprensa
“Moacir lutava há anos contra essa doença e era um profissional de muito respeito. Era amigo dos amigos, e mantinha as relações sociais por carinho, não somente pela profissão”.
Terezinha Daux, empresária
“Moacir teve um problema com a diabetes e a doença foi se agravando, os rins já não funcionavam mais, por isso estava fazendo hemodiálise. Era uma pessoa que estava sempre rindo, muito bem-humorado, simpático, altruísta e benevolente. Profissionalmente, morreu realizado, foi o maior colunista social de Santa Catarina. Ele fez com que famílias de todas as regiões de Santa Catarina ficassem reconhecidas, graças ao seu colunismo abrangente”.
Dauth Emmendorfer, advogado
“Somos primos e trabalhei com ele durante anos. Não tinha como ficar perto dele sem rir, brincava com todos e fazia todos sorrirem. Qualquer festa que estava presente, atraia muitas pessoas, devido a sua simpatia. Era uma pessoa geniosa e muito determinada, que tinha poucos medos. Também sempre foi muito proativo, engajado com causas sociais filantrópicas, e foi um grande colaborador da Rede Feminina de Combate ao Câncer”.
Marcos Reichardt Cardoso, jornalista